A nuvem de gafanhotos que atingiu o norte da Argentina e ameaça cruzar a fronteira com o Brasil estacionou na região da cidade de Sauce, na província de Corrientes. Acostumados com o clima seco e quente, os animais não migraram para o norte devido às condições climáticas. As baixas temperaturas registradas no sul do país nesta sexta-feira – em virtude de uma frente fria – e a direção do vento, que aponta para o Uruguai, tornam a entrada dos gafanhotos em território brasileiro pouco provável.
O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar da Argentina informou, pelo Twitter, que a nuvem não se movimentou por grandes distâncias.
#Alerta #Langosta #gafanhotos #LocustSwarm ⚠️🦗
Estado de situación de langosta en Argentina.
Debido a las bajas temperaturas, estimamos que la manga no se ha desplazado, al menos a grandes distancias, de las cercanías de Sauce, Corrientes. pic.twitter.com/mBZcOG1Jeh— Senasa Argentina (@SenasaAR) June 26, 2020
Essa semana, os insetos devoraram plantações de milho e mandioca na Argentina e causaram furor nas redes sociais. O governo federal declarou estado de emergência fitossanitária no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina e monitora a nuvem para tomar medidas que impeçam prejuízos no campo, como uso de produtos químicos pulverizados de aviões, caso a praga entre no território brasileiro.
Estima-se que a nuvem tenha 40 milhões de insetos e percorreu mais de 1.000 quilômetros, depois de surgir no Paraguai.
A nuvem de gafanhotos não afeta a saúde de pessoas ou animais, já que se alimenta apenas de material vegetal e não é vetor de nenhum tipo de doença.
O governo brasileiro segue monitorando a nuvem para acompanhar o deslocamento dos gafanhotos.