Pelo menos dez civis morreram neste sábado em bombardeio na província de Deraa, no sul da Síria. Os ataques foram orquestrados pela artilharia das forças do exército do ditador Bashar al Assad contra a população de Al Sahua — alvo de outras investidas nas últimas horas, segundo informou a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
A organização afirmou que o número de mortes pode aumentar, pois o ataque deixou vários feridos em estado grave e outras vítimas desaparecidas sob os escombros.
A ofensiva, que começou no dia 19 de junho, deixou cerca de 126 mortos civis, entre eles 24 menores de idade e 23 mulheres, contando o último.
De acordo com o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), o conflito provocou o deslocamento de 160 mil pessoas, na sua maioria em direção a fronteira jordaniana, que permanece fechada.
Aviões do governo também bombardearam o distrito Deraa al Balad nas últimas horas, região controlada pelos rebeldes na cidade de Deraa, capital regional. Foram registrados apenas danos materiais.
Sem acordo
Rebeldes sírios se reuniram, neste sábado, com oficiais russos em uma cidade do sul da Síria para tentar um acordo de paz sobre a região. Segundo um porta-voz na resistência síria, no entanto, as negociações fracassaram diante das exigências de rendição feitas por Moscou.
“A reunião terminou em fracasso. Os russos não estavam prontos para ouvir nossas demandas. Eles ofereceram uma opção para aceitar sua humilhante exigência de rendição, que foi rejeitada”, disse Ibrahim Jabawi, porta-voz do Exército Sírio Livre.
(com EFE)