O Ministério da Saúde do Líbano informou que uma nova onda de bombardeios israelenses contra o país, nesta segunda-feira, 23, matou pelo menos 492 pessoas e deixou mais de 1.645 feridas, incluindo crianças, mulheres e médicos. Os ataques aéreos foram concentrados no sul libanês, perto da fronteira com Israel.
“Os ataques inimigos israelenses contínuos nas cidades e vilas do sul levaram, em um número preliminar, ao martírio de 50 pessoas e ao ferimento de mais de 300, e entre os mortos e feridos estavam crianças, mulheres e paramédicos”, disse o Ministério da Saúde em declaração, segundo a mídia estatal do Líbano.
Troca de disparos
O exército israelense afirmou que atingiu pelo menos 1.600 localizações conectadas ao Hezbollah dentro do Líbano. A milícia libanesa, que é aliada do grupo terrorista palestino Hamas e financiada pelo governo do Irã, alegou ter disparado foguetes contra bases militares israelenses no norte do país, “em resposta aos ataques inimigos israelenses que tiveram como alvo as áreas do sul e Bekaa”.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que o sistema de defesa aérea do país interceptou a maioria dos projéteis vindos do Líbano.
O Ministério da Saúde do Líbano pediu que todos os hospitais no sul e leste do país “interrompam as cirurgias não essenciais para abrir espaço para tratar os feridos devido à crescente agressão israelense”. Escolas também já foram fechadas na região.
Ordens de retirada
Emissoras locais reportaram que a fuga de moradores do sul do Líbano provocou congestionamento nas vias do país. Israel parece ter enviado cerca de 60 mil ligações telefônicas automatizadas e mensagens de texto para cidadãos libaneses ordenando que abandonassem suas casas.
O exército israelense anunciou nesta madrugada que planejava intensificar as operações militares contra o Hezbollah.
“Estamos aprofundando nossos ataques no Líbano, as ações continuarão até atingirmos nossa meta de trazer os habitantes do norte (israelense) em segurança para suas casas”, disse o secretário de defesa de Israel, Yoav Gallant, em um vídeo publicado por seu gabinete nesta segunda-feira. “Estes são dias em que o público israelense terá de mostrar compostura.”