O sultão de Pahang, Tengku Abdullah, foi proclamado, nesta quinta-feira 31, como o 16º rei da Malásia, e ficará no trono durante os próximos cinco anos. Ele assume após a inesperada renúncia de seu antecessor.
Abdullah, de 59 anos, tomou posse no Palácio Nacional em Kuala Lumpur, residência oficial do monarca, durante uma cerimônia em que ele esteve ao lado de outros oito sultões do país (os quatro governadores estados malaios sem família real e membros governo).
O primeiro-ministro Mahathir bin Mohamad, oficializou sua chegada ao trono com a leitura da proclamação, que foi abençoada pelo mufti de Sabah, estado da parte malaia na ilha de Bornéu. No mesmo ato, o sultão de Perak, Nazrin Shah, de 62 anos, assumiu como vice-chefe de Estado, que exercerá durante o mesmo período que o novo rei.
Abdullah, que na metade do mês substituiu seu pai na frente do Sultanato de Pahang, estado do centro da península malaia, foi eleito monarca na semana passada pelo Conselho de sultões e governadores.
Os sultões se sucedem no trono cada cinco anos, de acordo com o sistema de rotação da monarquia malaia.
A nomeação aconteceu depois que Muhammad V, sultão de Kelantan, de 49 anos, ter anunciado, no dia 6 de janeiro, sua renúncia à coroa após dois anos no trono. A saída aconteceu depois que o monarca se casou com a miss russa de 25 anos Oksana Voevodina em uma cerimônia em novembro em Moscou.
A linhagem de sultões da Malásia remota aos sultanatos malaios do século XV.
O monarca tem um cargo protocolar e de representação do país em atos oficiais, embora exerça influência moral, sobretudo entre a população malaio-muçulmana que convive com importantes minorias de origem chinesa e indiana.