A Coreia do Norte descreveu as últimas sanções impostas pela ONU como um “ato de guerra” contra seu país.
Em um comunicado divulgado pela agência de notícias oficial do governo, a KCNA, o Ministério de Relações Exteriores norte-coreano afirmou que as sanções equivalem a um bloqueio econômico total e ameaçou punir aqueles que apoiassem a medida.
“Nós definimos essa ‘resolução de sanções’ imposta pelos Estados Unidos e seus seguidores como uma violação grave da soberania da nossa República e como um ato de guerra que viola a paz e a estabilidade na Península Coreana e região”, dizia o comunicado.
“Os Estados Unidos, completamente aterrorizados com os esforços para completar a força nuclear norte-coreana, estão cada vez mais frenéticos em impor duras sanções e pressões sobre o nosso país”, afirmou o Ministério, que garantiu que o regime de Kim Jong-un continuará a desenvolver sua “defesa nuclear destinada a erradicar fundamentalmente as ameaças nucleares dos EUA, chantagem e movimentos hostis”.
Sanções
Na sexta-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas impôs mais um pacote de sanções contra a Coreia do Norte. A medida é uma retaliação ao mais recente lançamento de mísseis balísticos intercontinentais do país, ocorrido em 29 de novembro.
As sanções restringem cerca de 90% da importação de petróleo por Pyongyang, matéria-prima que, segundo a ONU, é vital para os programas militar e nuclear do regime de Kim Jong-un. Parceiros comerciais dos norte-coreanos, China e Rússia também votaram pelas sanções.
Esta é a nona série de sanções da ONU contra Pyongyang. As últimas três foram adotadas em 2017, sob forte incentivo dos Estados Unidos, após os testes de mísseis e um teste nuclear realizados pela Coreia do Norte.
(Com Reuters)