A Austrália e a Nova Zelândia adotaram uma política de rigoroso fechamento de fronteiras aéreas e marítimas no começo da pandemia, estratégia na qual protocolos de quarentena foram estabelecidos para a entrada de estrangeiros − e mesmo moradores em viagem ao exterior − nos dois países. Por mais de um ano, parentes separados por 1600 quilômetros de oceano não puderam se encontrar, mas hoje, segunda-feira, os primeiros viajantes vindos da Austrália pousaram nos aeroportos da Nova Zelândia.
Ainda que a Austrália já estivesse recebendo alguns voos de seu país vizinho desde o ano passado, a Nova Zelândia optou por estender sua estratégia de bolha por alguns meses diante dos bons resultados alcançados. O país de 5 milhões de habitantes no sudeste da Oceania tem um dos mais baixos índices de infecção e mortes pelo novo coronavírus, conforme reportou VEJA na edição nº 2732 de 7 de abril.
A primeira-ministra Jacinda Ardern disse que a retomada dos voos com a Austrália “é um passo importante no caminho para reconectar a Nova Zelândia ao mundo”. No entanto, ainda não existe um calendário para implementar o mesmo processo com outros países. Qualquer voo internacional é submetido a uma rigorosa quarentena, que pode levar até 14 dias.
Na capital Wellington e em Auckland, na ilha ao norte do arquipélago neozelandês, passageiros foram recebidos por parentes e amigos com festa nos aeroportos. As linhas aéreas e autoridades aeroportuárias decoraram terminais para celebrar a chegada dos primeiros voos, que devem aumentar em frequência nas próximas semanas.