Os documentos oficiais de Donald Trump terão que esperar até o fim de seu mandato para serem arquivados na biblioteca presidencial dos Estados Unidos, mas as mensagens enviadas pelo republicano via Twitter já ganharam um espaço próprio: a “Biblioteca Presidencial de Tuítes”.
Situada em frente à Trump Tower, em Nova York, a exposição oferece um passeio bem humorado pelos populares e polêmicos posts do presidente, que foram compilados pelo canal Comedy Central e permanecerão expostos durante este fim de semana. O curtíssimo prazo chamou a atenção do público, que enfrentou nesta sexta-feira filas de mais de uma hora para entrar no espaço.
A “Biblioteca Presidencial de Tuítes” explora “a história, a ciência e a arte” dos tuítes de Donald Trump, “desde as suas primeiras tentativas de pôr seus dedos rechonchudos no telefone até a sua eclosão como um proeminente revolucionário das redes sociais da nossa era”, destaca o canal na sua página na internet.
Ao longo de diferentes seções, os tuítes mais famosos de Trump aparecem emoldurados, desde os que fazem referência ao muro na fronteira com o México até os que atacam os meios de comunicação por suas “notícias falsas“, inclusive o que contém o enigmático termo “covfefe“.
Em 31 de maio, Trump tuitou: “Apesar da constante ‘covfefe’ negativa da imprensa“. No dia seguinte, apagou a mensagem escrita pela metade, mas as redes sociais já tinham se apressado em especular sobre o significado da palavra e brincar sobre o incidente.
Outros erros de digitação de Trump são exibidos na seção “Apagados, mas não esquecidos”, que leva a uma parte da exposição dedicada aos “sobreviventes” da lábia presidencial, como o investidor Mark Cuban e o escritor Stephen King, ambos bloqueados pelo republicano em sua conta na rede social.
Se tiverem sorte e o presidente tuitar alguma mensagem em tempo real, os visitantes poderão se dirigir a uma tela e vê-la em primeira mão, alertados por uma estrondosa sirene e uma luz vermelha de aviso, como um alerta de terremoto.
Outra das curiosidades da exposição é um espaço que imita o Salão Oval da Casa Branca, onde uma privada dourada convida os mais atrevidos a se sentar e tuitar usando um tablet, em alusão aos rumores de que Trump costuma fazer o mesmo.
Além disso, algumas mensagens do presidente aparecem acompanhadas de um verificador de fatos. No tuíte”o México pagará pelo muro!”, que Trump publicou em 1 de setembro, uma ficha responde: “Certo: não há muro, assim tecnicamente o México cobriu todos os custos até esta data”.
“Desde 1939, quando Franklin Sr. Roosevelt decretou que seus documentos oficiais estariam disponíveis para todos os cidadãos, a biblioteca presidencial foi um destino essencial para as excursões escolares, já que o parque de diversões é muito caro”, aponta o “Comedy Central” em seu site. Assim, a biblioteca presidencial do Twitter de Donald J. Trump “continua esta grande tradição com uma celebração de seus documentos mais importantes: seus tuítes”, brincam os humoristas do canal.
(com EFE)