O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta segunda-feira, 29, que a variante Ômicron é “motivo para preocupação, mas não pânico”. Em uma coletiva de imprensa sobre a nova cepa do coronavírus, o líder afirmou ainda que “cedo ou tarde” casos da variante serão registrados nos EUA e apelou mais uma vez para que os americanos se vacinem contra a doença.
“No dia em que a variante foi identificada pela OMS, tomei passos importantes para restringir as viagens do sul da África. Sabemos, porém, que por mais que as restrições possam diminuir a disseminação do vírus, elas não podem evitar que elas cheguem aqui”, afirmou, alegando que os bloqueios aos voos do sul do continente deu tempo para que o país pensasse em ações. “Mais cedo ou mais tarde veremos casos da variante aqui nos Estados Unidos”, disse.
“Eu sei que vocês estão cansados de me ouvir falando isso, mas a melhor proteção contra essa nova variante ou contra qualquer outra variante é se vacinar completamente e tomar a dose de reforço também”, disse. No país, apenas 59% da população está vacinada com duas doses e 11% com a dose de reforço. Pelo menos 19% dos americanos já afirmaram não ter a intenção de tomar o imunizante contra a Covid-19.
Biden lembrou ainda que algumas semanas serão necessárias até que os pesquisadores descubram a efetividade da vacina contra a nova variante, mas tentou manter a tranquilidade da população. “Ela é uma causa de preocupação, não de pânico. Temos as melhores vacinas, medicamentos e cientistas do mundo e estamos aprendendo mais a cada dia”, disse.
A variante detectada pela primeira vez na África do Sul. Vários países anunciaram nesta segunda-feira, 29, o fechamento de fronteiras à medida que os casos se propagam pelo mundo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que os riscos globais proporcionados pela nova cepa são “muito elevados” e pediu todos os governos para acelerarem a vacinação contra a Covid-19 e reforçarem as medidas de vigilância para possíveis surtos.
O último relatório técnico da organização, publicado nesta segunda-feira, diz que o risco de transmissão é “elevado” dada a velocidade com a qual a variante desenvolve novas mutações potencialmente mais resistentes à vacina e mais contagiosas, o que torna necessário intensificar as estratégias de prevenção.