O governo de Nova Délhi, na Índia, fechou escolas e pediu para que as pessoas trabalhem em suas casas devido aos níveis perigosos de poluição do ar.
Uma das cidades mais poluídas do mundo, a capital indiana é envolta por uma espessa camada de fumaça todos os invernos.
No último sábado, 12, as autoridades ordenaram o fechamento das escolas por quatro dias.
Além disso, obras estão proibidas e caminhões que não transportam produtos essenciais não podem entrar na cidade até 21 de novembro.
No entanto, na noite de terça-feira, 16, a Comissão para Gerenciamento da Qualidade do Ar de Nova Délhi afirmou que todas as instituições de ensino devem permanecer fechadas até segunda ordem.
Além das escolas, cinco usinas termelétricas também tiveram suas atividades temporariamente interrompidas por ordem do painel sobre poluição do ar, subordinado ao Ministério Federal do Meio Ambiente, Florestas e Mudanças Climáticas.
Para tentar amenizar a fumaça, o governo tem utilizado irrigadores de água em pontos estratégicos da capital pelo menos três vezes ao dia.
A comissão estipulou também que pelo menos metade dos funcionários do governo devem trabalhar de casa e estimulou empresas privadas a fazerem o mesmo.
As novas medidas ocorrem dias de o governo de Nova Délhi se opor a um apelo da Suprema Corte da Índia para declarar um “bloqueio de poluição”.
Além da capital, o tribunal também criticou o governo federal pela falta de ação para diminuir o problema.
A capital da Índia é uma das cidades mais poluídas do mundo e luta contra a poluição crônica todos os anos durante o inverno.
A queda na temperatura retém os poluentes oriundos das usinas elétricas e de carvão, além dos gases emitidos pelos veículos e a queima de lixo a céu aberto.
Além disso, um dos principais contribuintes para o excesso da poluição do ar são os fazendeiros que queimam os resíduos de suas colheitas em cidades dos estados vizinhos.
Durante a Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, a COP26, a Índia fez um dos anúncios mais ambiciosos.
O primeiro-ministro, Narendra Modi, comprometeu-se a gerar metade da eletricidade do país com fontes renováveis até 2030 e buscar emissão zero até 2070.