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Noruega controla pandemia, mas se nega a abrir fronteiras

Política rigorosa manteve casos de Covid-19 em baixa, mas país vai na contra mão da Europa e não pretende receber visitantes; setor do turismo protesta

Por Da Redação
Atualizado em 25 mar 2021, 22h31 - Publicado em 23 jun 2020, 11h36
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  • Ruas de Oslo quase vazias: quarentena deu resultado e Noruega não pretende mudar isolamento social (NTB Scanpix/Hakon Mosvold Larsen/Reuters)

    Com a pandemia de Covid-19, a doença causada pelo coronavírus, controlada dentro de casa, a Noruega anda na contramão da Europa e se nega a reabrir as fronteiras do país ou relaxar as restrições para viagens, tornando-se a nação mais fechada de todo o continente.

    A entrada no território continua proibida à maioria dos não residentes. E as viagens ao exterior, embora não formalmente proibidas, estão submetidas a uma quarentena de 10 dias no retorno, uma norma em vigor até 20 de agosto. Como resultado, os noruegueses não passarão férias no Mediterrâneo este ano. Até a primeira-ministra, Erna Solberg, desistiu de sua habitual viagem de verão para a Espanha.

    Para algumas pessoas, a prudência excessiva tem consequências graves.

    “Acho que não voltarei a vê-la com vida”, lamenta Bettina Wintermark, de 59 anos, impedida de viajar para a França para visitar a mãe de 84 anos, vítima de uma hemorragia interna e que não sobreviverá por mais do que algumas semanas, de acordo com os médicos.

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    “Se a Noruega não tivesse restrições tão severas, eu já teria viajado. Mas não posso fazer várias viagens de ida de volta à França, porque não posso passar dez dias de quarentena a cada vez”, explica. “É um pesadelo.”

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    As autoridades, no entanto, alegam que uma reabertura precipitada poderia pôr a perder os sacrifícios feitos até então por todo país.

    “Não fazemos isto para irritar as pessoas, e sim porque devemos absolutamente manter a situação sob controle”, declarou a ministra da Justiça, Monica Maeland, que coordena a luta contra a Covid-19 no país.

    Os únicos países dos quais a Noruega mantém a fronteira aberta são três vizinhos nórdicos, Dinamarca, Finlândia e Islândia, devido as políticas de restrição desses países a turistas do restante da Europa. A Suécia está fora da lista porque o país não adotou as medidas de isolamento obrigatório, resultando no pior cenário entre esses países.

    Muito afetado, o setor de turismo pressiona pela suspensão rápida das restrições com a Alemanha, responsável por quase 25% dos turistas estrangeiros no verão.

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    “Voltar a abrir as fronteiras com a Alemanha seria o melhor plano de resgate para o turismo norueguês, sem custar nada”, defende o diretor da organização Norsk Reiseliv, Per-Arne Tuftin.

    “Muitos chalés ficam isolados na floresta, ou na costa. Não há praticamente ninguém, e você fica muito mais seguro do que em Oslo, onde as praias estão lotadas”, reclama Einar Rudaa, que criou um grupo de protesto no Facebook.

    A Noruega contabilizou 8.751 casos de Covid-19 e 248 mortes, segundo levantamento em tempo real da Johns Hopkins University. No mundo, a cifra passa dos nove milhões de casos e das 472.000 mortes.

    (Com AFP)

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