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Netanyahu pede que seu julgamento por corrupção seja adiado

Vencedor da última eleição parlamentar, primeiro-ministro se vê diante de intricadas negociações para compor novo governo

Por Da Redação
Atualizado em 9 mar 2020, 13h13 - Publicado em 9 mar 2020, 13h01
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  • O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu nesta segunda-feira, 9, o adiamento por 45 dias do início do julgamento por corrupção no qual é réu, marcado para 17 de março. A defesa afirma que o primeiro-ministro não obteve ainda acesso a alguns documentos da investigação.

    Netanyahu foi indiciado por suborno, fraude e quebra de confiança pelo procurador Avichaï Mandelblit. Em dois desses casos, ele é acusado de ter trocado favores por coberturas positivas na imprensa local, e no terceiro, por receber presentes no valor de 700.000 shekels (cerca de 853.000 reais) de um produtor de Hollywood.

    Apesar das acusações na Justiça, Netanyahu se consagrou vencedor nas últimos eleições do país, a terceira em um ano. Seu partido, o Likud, conquistou 36 cadeiras, a maior bancada no Parlamento. Mas ainda terá de negociar com outras legendas uma coalizão, com a maioria de 61 na Casa, para compor um novo governo.

    Se fracassar nessas negociações, o país arrisca ser convocado a uma quarta eleição em um ano, prevista inicialmente para setembro. O general reformado Benny Gantz, líder do partido Azul e Branco, com com 33 cadeiras, se recusou a formar um governo de coalização com Bibi, como Netanyahu é conhecido, porque não queria se envolver com um primeiro-ministro investigado por corrupção.

    A lei israelense diz que qualquer ministro sujeito a um processo criminal deve renunciar ao cargo. Mas a lei não se aplica ao primeiro-ministro. Contudo, Netanyahu não está livre de ser investigado. Antes das eleições, Bibi pediu ao Parlamento que lhe fosse concedida imunidade, mas o pedido foi negado.

    Gantz, por outro lado, diz que não vai ceder. O presidente do país, Reuven Rivlin, pode passar ao líder do Azul e Branco a tarefa de tentar negociar uma coalização e governar como primeiro-ministro. Mas, devido a atual conjuntura do Parlamento, onde há poucas opções para se coligar, a ideia de novas eleições começa a se fortalecer.

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