Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Netanyahu condena ação movida contra Israel por genocídio em Gaza

Corte Internacional de Justiça abriu, nesta quinta-feira, audiência para julgar caso aberto pela África do Sul

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h27 - Publicado em 11 jan 2024, 18h41

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, repudiou nesta quinta-feira, 11, o caso aberto pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ) para julgar um suposto genocídio israelense em Gaza.

“A hipocrisia da África do Sul grita aos céus”, disse o premiê, em resposta à acusação africana de que Israel teria “um padrão de conduta calculado que indica intenção genocida”. “Estamos combatendo terroristas, estamos combatendo mentiras… Hoje vimos um mundo de cabeça para baixo. Israel é acusado de genocídio enquanto luta contra o genocídio”, completou. 

Por sua vez, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel acusou a África do Sul de “funcionar como o braço legal da organização terrorista Hamas”, por levantar um caso baseado em “alegações falsas e infundadas”.

A Casa Branca também disse que as alegações de genocídio não tinham fundamento, apesar de nas últimas semanas ter dedicado esforços para que os bombardeios cessassem no Oriente Médio.

+ Em Haia, Israel é acusado de ‘padrão de conduta com intenção genocida’

Continua após a publicidade

O processo

A Corte Internacional de Justiça abriu, nesta quinta-feira, 11, uma audiência sobre a guerra na Faixa de Gaza, para julgar um caso aberto pela África do Sul alegando que Israel está cometendo genocídio contra os palestinos durante o conflito contra o grupo terrorista Hamas. Adila Hassim, advogada do tribunal superior sul-africano, declarou que Tel Aviv tem “um padrão de conduta calculado que indica intenção genocida”.

“Todos estes atos, individual e coletivamente, formam um padrão calculado de conduta por parte de Israel, indicando uma intenção genocida”, disse Hassim.

Ela listou como evidências:

Continua após a publicidade
  1. Visar os palestinos que vivem em Gaza usando armamento que causa destruição homicida em grande escala, bem como ataques a civis;
  2. Designar zonas seguras para os palestinos buscarem refúgio, e depois bombardeá-los;
  3. Privar palestinos em Gaza de necessidades básicas – alimentos, água, cuidados de saúde, combustível, saneamento e comunicações;
  4. Destruir infraestruturas sociais, casas, escolas, mesquitas, igrejas, hospitais;
  5. Matar, ferir gravemente e deixar um grande número de crianças órfãs.

“Genocídios nunca são declarados antecipadamente, mas este tribunal tem o benefício das últimas 13 semanas de provas que mostram, de forma incontestável, um padrão de conduta e intenção relacionada que justifica uma alegação plausível de atos genocidas”, concluiu Hassim. A África do Sul pediu ao tribunal das Nações Unidas para agir com urgência.

O papel da CIJ, principal órgão judicial das Nações Unidas, é resolver, de acordo com o direito internacional, conflitos e controvérsias jurídicas entre nações. O colegiado é composto de 15 juízes, eleitos para mandatos de nove anos pela Assembleia-Geral e pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Continua após a publicidade

Genocídio

A convenção do genocídio descreve o crime como “atos cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”.

Desde 7 de outubro, Israel matou mais de 23 mil palestinos em Gaza, cerca de 70% dos quais são mulheres ou crianças. A UNRWA, agência das Nações Unidas que atua no enclave, estimou que 1,9 milhões de pessoas foram deslocadas internamente em Gaza devido aos combates – enquanto dezenas de milhares de edifícios foram destruídos.

A investida israelense ocorreu em resposta aos ataques perpetrados pelo Hamas no sul do país, também em 7 de outubro, nos quais cerca de 1.200 pessoas foram mortas, principalmente civis, e durante os quais 240 pessoas foram sequestradas. Pouco mais de 100 reféns foram posteriormente libertados do cativeiro.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.