Com mergulhadores, equipes de resgate encontraram, nesta sexta-feira, 23, o corpo da última pessoa desaparecida após o naufrágio do superiate do magnata britânico do setor de tecnologia Mike Lynch, que afundou na Sicília, Itália. A única vítima que faltava ser localizada era a filha do bilionário, Hannah, de 18 anos.
O veleiro de luxo de 56 metros de comprimento, chamado Bayesian, que transportava 22 passageiros e tripulantes, estava ancorado no porto de Porticello, perto de Palermo, quando foi atingido por uma tempestade na segunda-feira, 19, e afundou a 50 metros de profundidade.
Operação delicada
A agência de notícias italiana Adnkronos disse que Hannah foi encontrada dentro do barco. O corpo de bombeiros descreveu as operações de resgate como “longas e delicadas” devido à profundidade do naufrágio e disse que mais de 400 pessoas participaram das buscas, incluindo 28 mergulhadores.
Os corpos dos outros cinco passageiros mortos, incluindo Lynch, foram encontrados entre quarta e quinta-feira dentro da embarcação. O chef do iate, Recaldo Thomas, já havia sido localizado na água na segunda-feira. A identificação oficial dos cadáveres e as autópsias devem começar após a transferência de Hannah para um necrotério em Palermo.
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Investigação
Autoridades judiciais abriram uma investigação sobre o naufrágio. O incidente deixou especialistas navais chocados, já que um barco como o Bayesian, construído pelo fabricante italiano de iates de luxo Perini, deveria ter resistido à tempestade.
O capitão da embarcação, James Cutfield, seus oito tripulantes e passageiros que sobreviveram ao desastre foram interrogados pela polícia, mas não fizeram declarações públicas. Promotores italianos devem realizar uma entrevista coletiva no sábado.
Em entrevista à agência de notícias Reuters, Giovanni Costantino, CEO do The Italian Sea Group, gerente do fabricante Perini, afirmou que o naufrágio foi resultado de uma série de “erros indescritíveis e irracionais” cometidos pela tripulação, descartando quaisquer falhas de projeto ou construção do barco.
Retirar o Bayesian, que aparentemente está intacto, do mar pode ajudar os investigadores a determinar o que aconteceu, mas a operação provavelmente será complexa e cara.