(ATENÇÃO: Uma foto ao final do texto mostra os corpos das crianças que morreram no naufrágio.)
Cerca de 100 pessoas morreram em águas do Mar Mediterrâneo por causa do naufrágio do bote inflável com o qual tentavam de alcançar a Europa, a partir da Líbia, informou nesta sexta-feira (29) a Agência da ONU para a Migração (OIM). Entre os mortos estão três bebês.
Segundo a Guarda Costeira local, o naufrágio aconteceu na quinta (28) à noite, a 25 milhas náuticas da cidade líbia de Qarabuli, local de partida da embarcação. Aparentemente, o barco afundou por causa de um incêndio causado por falha do motor.
De acordo com Flavio Di Giacomo, porta-voz da OIM, o número de pessoas desaparecidas ainda é desconhecido.
“No bote, viajavam cerca de 120 pessoas. A maioria de nacionalidade subsaariana, mas também havia marroquinos e iemenitas. Até o momento, foram recuperados os corpos de três bebês”, indicou a Guarda Costeira da Líbia.
“Outras 16 pessoas foram resgatadas com vida. Todos são homens jovens que foram levados a um centro de detenção na região de Al Hamdiya”, a 25 quilômetros ao leste de Trípoli, onde são tratados de diversos ferimentos.
Na embarcação precária também viajavam outros dois bebês e três crianças menores de 12 anos, além de 12 mulheres.
As praias que se estendem entre Trípoli e a fronteira da Líbia com a Tunísia se transformaram nos últimos dois anos no principal reduto das máfias do tráfico de pessoas, apesar da presença de patrulhas europeias.
Segundo dados da OIM, mais de 171.635 imigrantes irregulares conseguiram atravessar o Mediterrâneo até a Europa no ano passado, enquanto 3.116 desapareceram no mar.
A mesma organização, vinculada às Nações Unidas, afirma que ao longo de 2018 outras 16.394 pessoas conseguiram atravessar pela chamada “rota central”, que parte da Líbia, e 635 morreram afogadas.
Nesta semana, patrulhas líbias interceptaram cerca de 1.200 migrantes na costa oeste do país.
(Com EFE)