O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou, neste sábado, 28, que o trabalho do país “ainda não terminou” e que “dias desafiadores estão à frente”. O comunicado foi feito após o exército israelense e o grupo Hezbollah confirmarem a morte do líder do grupo terrorista, Sayyed Hassan Nasrallah.
Netanyahu afirmou ainda que o chefe do grupo xiita era o “principal motor do eixo do mal do Irã”. Também foram mortos Ali Karaki e outros comandantes da organização paramilitar.
O assassinato ocorreu na noite da última sexta-feira, 27, quando o exército de Israel fez um forte ataque à sede subterrânea do grupo, abaixo de um prédio residencial em Dahiyeh, um suburbio controlado pelos terroristas ao sul de Beirute. A ofensiva ocorreu minutos após o discurso de Netanyahu na ONU, quando ele disse que o país enfrenta inimigos que querem sua aniquilação e que é sua obrigação defender o povo israelense de “assassinos selvagens.”
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O ataque aumentou ainda mais as tensões no Oriente Médio, que vem escalando desde 7 de outubro, quando o Hamas atacou uma festa rave em Israel, deixando 1200 mortos. O Hezbollah demonstrou apoio ao grupo extremista desde o início dos conflitos, ameaçando uma nova frente de guerra no norte israelense.
Na última semana houve uma intensificação do conflito entre Israel e o Hezbollah, com ataques que já deixaram mais de 700 mortos no Líbano. Em resposta à morte de Nasrallah, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, país apoiador do Hezbollah, afirmou que o ataque “muda as regras do jogo”. O líder supremo do país, Ali Khamenei, disse que Israel “vai se arrepender de seus atos”.
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Neste sábado, o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se reuniu com o chanceler do Líbano, em Nova Iorque, e afirmou que há um planejamento em curso para o resgate de brasileiros no caso de uma grande escalada dos conflitos. Em resposta a morte de um adolescente brasileiro, o Itamaraty afirmou que “o Governo brasileiro reitera sua condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis densamente povoadas no Líbano e renova seu apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades.”