Um comunicado do Departamento de Estado dos Estados Unidos nega que as agências de inteligência americanas, como a CIA, tenham concluído que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, ordenou o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, classificando as reportagens nesse sentido como “imprecisas”.
O jornal Washington Post revelou nesta sexta-feira 16 que a CIA havia concluído que bin Salman foi o mandante do crime. O príncipe herdeiro e a Arábia Saudita são aliados próximos dos Estados Unidos.
A porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, afirmou que “ainda há diversas perguntas sem respostas”. Ela também disse que a pasta “continuará a procurar todos os fatos relevantes.”
O governo da Arábia Saudita nega as afirmações sobre o príncipe herdeiro.
Neste sábado, o presidente americano, Donald Trump, conversou com Gina Haspel, chefe da CIA, sobre a conclusão da agência de espionagem em relação ao assassinato de Jamal Khashoggi. Segundo a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, Trump telefonou para Haspel e para o Secretário de Estado, Mike Pompeo, enquanto voava rumo à Califórnia.
Sanders limitou-se a comentar que o presidente norte-americano confia na agência de espionagem e não forneceu mais detalhes.
Neste sábado, antes de voar para a Califórnia, que passa por incêndios com mais de 1.000 desaparecidos e 74 mortos, Donald Trump afirmou que a Arábia Saudita é uma “ótima aliada”. “Verdadeiramente espetacular em termos de empregos e desenvolvimento econômico (…) Fomos informados que ele (o príncipe saudita) não desempenhou nenhum papel, teremos que descobrir o que eles dizem”, disse.
(com Estadão Conteúdo e Reuters)