Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Bahrein incluíram duas organizações e onze indivíduos do Catar em sua lista de terrorismo. As quatro nações também acusaram Doha de patrocinar e incentivar as atividadesdestes grupos.
Em uma declaração conjunta divulgada pela agência de notícias saudita Saudi Press Agency, os países árabes anunciaram a inclusão das organizações Conselho Islâmico Internacional e União Mundial de Estudiosos Muçulmanos em sua lista de terrorismo. Segundo o comunicado, as entidades espalham um “discurso de ódio disfarçado com o manto do islamismo”.
Os onze indivíduos incluídos na lista também foram acusados de organizar atos de terrorismo “financiados diretamente pelo Catar”. Segundo as nações árabes, os terroristas usam passaportes cataris e se passam por funcionários de organizações de caridade do Catar para facilitar suas ações.
A Arábia Saudita e seus aliados já haviam acusado o Catar de apoiar organizações terroristas, impondo vários bloqueios e cortando relações com o país. Além de paralisar o comércio, o bloqueio também impede voos diretos e a chegada de veículos e navios cataris no território das demais nações.
Os países árabes também elaboraram uma lista com suas exigências para acabar com a crise diplomática na região. Entre as reivindicações dos vizinhos, estão o fechamento da emissora de TV catari Al Jazeera, o fim de uma base militar turca e a redução nas relações com o Irã.
O Catar negou diversas vezes as acusações de envolvimento com terroristas e afirmou que as exigências são irreais e inaplicáveis.
Os Estados Unidos chegaram a pedir um alívio ao bloqueio, que estaria dificultando as operações da base militar americana naquele país. Segundo o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, o bloqueio prejudica o combate ao grupo extremista Estado Islâmico, feito a partir desse entreposto militar.