O Ministério Público da Venezuela ordenou a prisão de nove diretores e ex-diretores de subsidiárias da estatal petroleira PDVSA por suposta corrupção, informou nesta quarta-feira (19) o procurador-geral, Tarek William Saab. O prejuízo supera 18 milhões de dólares.
As denúncias incluem Rafael Ramírez, presidente da PDVSA durante o governo de Hugo Chávez (1999-2013). Em agosto, a Suprema Corte de Justiça (TSJ) da Venezuela autorizou o envio para a Espanha de um pedido de extradição de Ramírez, que rompeu com o presidente Nicolás Maduro no final do ano passado.
Três ex-presidentes e ex-gerentes-gerais da Empresa Nacional de Transportes, subsidiária da PDVSA, estão entre os acusados. Desde agosto do ano passado, 90 funcionários foram processados por esquemas de corrupção na PDVSA, incluindo 23 gerentes.
O caso diz respeito à compra de 400 tanques de transporte de combustível em diversos contratos assinados em 2010, dos quais 168 foram entregues sem “as especificações técnicas apropriadas para seu uso”, disse Saab à imprensa.
Segundo o procurador, os tanques foram comprados de duas empresas do México, em vez de adquiridos de empresas chinesas, como acontecia antes. Uma dessas companhias “nem sequer existe”, acrescentou Saab.
A investigação se soma a outras executadas pelo MP sobre os esquemas de corrupção na PDVSA. O governo de Maduro planeja sua reestruturação, como meio de tirar o país da crise em que vive há anos.
Maior empresa da Venezuela, a estatal vem gradualmente reduzindo sua produção de petróleo por causa da drástica diminuição nos investimentos e da politização de seus quadros. A produção de petróleo responde por 96% da renda do país.