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Mourão vai à Colômbia para discutir crise na Venezuela

Vice-presidente disse que intenção do encontro em Bogotá, na segunda-feira, é pressionar o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, a deixar o poder

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 21 fev 2019, 21h28 - Publicado em 21 fev 2019, 21h22
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  • O vice-presidente, Hamilton Mourão, irá à Colômbia na próxima segunda-feira, 25, para representar o Brasil na reunião do Grupo de Lima, que reúne 14 países. O encontro em Bogotá será comandado pelo presidente colombiano, Iván Duque, e terá a presença do vice-presidente norte-americano, Mike Pence. O principal tema a ser tratado pelos líderes será a crise na Venezuela, que nesta quinta-feira, 21, fechou a fronteira com o Brasil.

    Mourão confirmou sua presença na reunião em mensagem postada no Twitter. Segundo o vice, ele foi designado pelo presidente Jair Bolsonaro para ir à Colômbia.

    Mourão afirmou que não há outra solução para a crise na Venezuela a não ser a saída do presidente do país, Nicolás Maduro. Segundo o vice-presidente, a intenção do encontro em Bogotá é pressionar Maduro a se afastar do cargo para que o líder da oposição, Juan Guaidó, assuma o governo e convoque novas eleições.

    “O grupo de Lima mantém essa pressão política. A pressão política é uma ação diplomática para levar ao atual governante lá da Venezuela, o Maduro, a compreender que é necessário uma saída para o país. O país está num impasse. Você tem um governo de direito, que em tese foi eleito, que é o do Maduro, e um de fato que é do Guaidó. Então não pode continuar”, declarou.

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    Hamilton Mourão reforçou que o Brasil não tem intenção de entrar na Venezuela sem autorização. Além disso, destacou que o governo mantém o planejamento de enviar ajuda humanitária, com entrega de alimentos e medicamentos, no próximo sábado, 23. De acordo com Mourão, desde o início o objetivo da gestão Bolsonaro era fazer as entregas apenas na fronteira.

    “O governo brasileiro já deixou claro que a nossa ação será sempre no sentido da não intervenção no assunto interno e apenas manteremos a pressão política e as palavras junto aos demais países que estão cooperando num esforço para que a Venezuela retome um caminho de democracia”, disse.

    Mourão quer aguardar o início das ações de ajuda humanitária, no próximo sábado, para decidir “qual recado” o Brasil dará. Ele contou que vai se reunir com o presidente Jair Bolsonaro no domingo de manhã.

    Ele confirmou que a fronteira entre Brasil e Venezuela foi parcialmente fechada hoje, com a presença de seis blindados venezuelanos, mas ponderou que a quantidade de homens é pouco expressiva e não há necessidade de reforço por parte do Brasil.

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