Moradores de Kiev, capital da Ucrânia, formaram filas para pegar água nesta segunda-feira, 31, após mísseis russos atingirem importantes infraestruturas em todo o país. Segundo Vitaliy Klitschko, prefeito da cidade, cerca de 40% dos moradores permanecem sem água e 270.000 estão sem energia.
Mais cedo, Klitschko havia afirmado que até 80% dos moradores de Kiev estavam sem água, pedindo que saíssem para receber mantimentos entregues pelo governo, mas depois, em nova atualização, disse que a água em muitos domicílios foi reconectada.
Além da capital, outras áreas foram afetadas, como Lviv, Dnipropetrovsk, Kharkiv e Zaporizhzia. Segundo autoridades ucranianas, 18 instalações foram atacadas, a maioria delas geradoras de energia atingidas por mísseis e drones.
A Rússia disse que os ataques visavam o controle militar e os sistemas de energia da Ucrânia.
Militares ucranianos afirmaram ter derrubado 45 dos 55 mísseis lançados. Um dos mísseis interceptados pelas defesas aéreas da Ucrânia caiu em uma cidade fronteiriça na Moldávia, causando danos a casas, mas sem vítimas, segundo autoridades do país vizinho.
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Os ataques russos nesta segunda-feira, 31, aconteceram depois que o país culpou a Ucrânia por um ataque no sábado 28 contra a frota russa posicionada na península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014. A Ucrânia não reivindicou o ataque, mas diz que a marinha russa é um alvo militar legítimo.
Após o ataque, a Rússia desistiu de um acordo mediado pelas Nações Unidas que permitia a passagem segura de navios que transportam grãos de portos ucranianos. No entanto, a ONU e a Turquia afirmaram nesta segunda-feira, 31, que vão defender a continuação de exportações de alimentos da Ucrânia,