Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Ministro da Fazenda da Argentina renuncia após caos eleitoral

Nicolás Dujovne comandava a pasta desde janeiro de 2017, mas não resistiu à crise desencadeada pelas primárias que apontam derrota de Macri

Por Da Redação Atualizado em 17 ago 2019, 21h59 - Publicado em 17 ago 2019, 21h11
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O ministro da Fazenda da Argentina, Nicolás Dujovne, renunciou neste sábado, depois do terremoto financeiro ocorrido nos mercados do país na última semana. Em seu lugar assume Hernán Lacunza, que ocupava o cargo de secretário da Economia da Província de Buenos Aires.

    A turbulência é uma reação dos investidores à derrota da chapa do presidente Mauricio Macri apontada pelas primárias do último domingo (uma espécie de prévia da eleição presidencial que ocorrerá este ano). A chapa de Alberto Fernández, que tem a ex-presidente Cristina Kirchner como candidata a vice, venceu Macri com uma diferença de 15 pontos percentuais. Em decorrência disso, a bolsa de Buenos Aires teve uma série de quedas, enquanto o preço do dólar, antes na casa dos 40 pesos argentinos, superou os 60 pesos.

    Dujovne apresentou a renúncia a Macri. “Em virtude das circunstâncias, a gestão de Macri precisa de uma renovação significativa na área econômica. Considero que minha renúncia é coerente com a filiação a um governo e espaço político que escuta o povo e que atua em consequência disso”, declarou Dujovne na carta.

    O agora ex-ministro, que estava à frente da pasta desde janeiro de 2017, não fez aparições públicas desde o início da nova crise financeira, desencadeada pelo resultado das primárias. Em sua carta de renúncia, afirmou: “Houve conquistas na redução do déficit e do gasto público, na redução de impostos nas províncias, em recuperar o federalismo. Sem dúvida, cometemos erros, que nunca duvidamos em reconhecer e fizemos todo o possível para corrigir”.

    Desde quinta-feita havia rumores sobre uma iminente saída do ministro, que ocupou o cargo em um momento complexo para a economia argentina. Após um crescimento de 2,7% em 2017, o país entrou em recessão a partir de abril de 2018, com uma sucessão de altas no preço do dólar, o que rapidamente contagiou todos os setores da atividade.

    Continua após a publicidade

    “Espero que o nosso querido país possa finalmente reverter um rumo de décadas de fracassos e alcançar o objetivo do desenvolvimento econômico e da eliminação de pobreza”, escreveu.

    No meio da crise, Dujovne negociou e selou com o Fundo Monetário Internacional (FMI) um acordo de três anos para um auxílio financeiro de 56,3 bilhões de dólares, sob o compromisso de um forte ajuste fiscal.

    O PIB argentino caiu 2,5% em 2018 e, de acordo com os últimos dados oficiais disponíveis, a atividade econômica acumulou nos primeiros cinco meses do ano uma queda anualizada de 3,1%.

    Continua após a publicidade

    A recessão vem combinada com uma alta inflação, de 47% em 2018, com uma subida acumulada nos primeiros sete meses deste ano de 25,1% e que os analistas apontam que poderia rondar os 50% neste ano, a partir da instabilidade ocorrida nos últimos dias.

    Na visão de especialistas e de boa parte do espectro político, esse cenário de recessão e inflação, com índices de pobreza e desemprego em alta, influenciaram em grande medida no revés eleitoral sofrido por Macri, que tentará a reeleição em 27 de outubro.

    (Com agência EFE)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.