Um ex-fuzileiro naval dos Estados Unidos que estrangulou um morador de rua até que ele parasse de respirar no metrô de Nova York foi levado sob custódia para uma delegacia nesta sexta-feira, 12, e deve ser indiciado por homicídio. O ato foi filmado e o vídeo circulou nas redes sociais.
No clipe, é possível ver Daniel Penny estrangulando Jordan Neely com um “mata-leão” por mais de três minutos no dia 1º de maio, quando ambos viajam na linha F do metrô em Manhattan. O legista responsável pelo caso esclareceu que Neely morreu devido a uma compressão no pescoço, mas os advogados de Penny disseram que ele não pretendia matar o homem.
Neely era conhecido por imitar Michael Jackson no transporte público. Segundo testemunhas, ele estava reclamando em voz alta sobre estar fome e “prestes a morrer” quando Penny apareceu por trás dele e o agarrou pelo pescoço. O ex-fuzileiro o segurou no chão do vagão do metrô até que ele parecesse parar de se mover. Mais tarde, Neely foi declarado morto.
Penny se entregou à polícia nesta sexta-feira e, de acordo com o procurador distrital de Manhattan, Alvin Bragg, vai ser indiciado no Tribunal Criminal de Manhattan por homicídio culposo em segundo grau.
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O vídeo da agressão que resultou na morte de Neely chamou a atenção nacional e reacendeu um debate entre os nova-iorquinos sobre crimes no metrô e o que fazer com um número crescente de moradores de rua na cidade. Muitos usuários nas redes sociais protestaram contra o assassinato e a demora para acusar Penny, argumentando o caso foi um tipo de “linchamento” e “vigilância branca” contra pessoas negras.
Em uma declaração dos seus advogados, Penny expressou “condolências às pessoas próximas ao Sr. Neely”. A declaração alegou que Neely havia ameaçado agressivamente os passageiros que viajavam no vagão do metrô.
“Daniel nunca teve a intenção de prejudicar o Sr. Neely e não poderia ter previsto sua morte prematura”, disse o comunicado.
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Em resposta, um advogado da família de Neely disse em um comunicado que as ações de Penny no trem e suas palavras mostram que “ele precisa estar na prisão”.