Militantes armados da Palestina invadiram um hospital em Jenin e roubaram o corpo de um jovem israelense que morreu por um acidente de carro no país, nesta quarta-feira, 23. O objetivo é fazer uma troca pelos corpos de palestinos mortos, para realizar seus funerais.
O grupo militante palestino baseado no campo de refugiados da Cisjordânia, a Brigada de Jenin, disse que ficaria com o corpo da vítima até que corpos de palestinos mortos pelas forças israelenses fossem devolvidos, segundo autoridades de ambos lados do conflito.
Antecipando a possibilidade das forças israelenses invadirem o Campo de Jenin, o grupo também disse que emitiu um estado de alerta entre seus membros.
A vítima, identificada como Tiran Ferro, sofreu um acidente de carro na terça-feira 22, segundo comunicado das Forças de Defesa de Israel (FDI). Autoridades israelenses disseram que Ferro foi levado a Jenin pela passagem Gilboa-Jalame, que foi bloqueada após ataques com explosivos nesta quarta-feira em Jerusalém.
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O pai de Ferro disse à mídia israelense que o adolescente ainda estava vivo, mas foi desconectado de aparelhos que mantinham suas funções vitais pelo grupo de atiradores palestinos. No entanto, o governador de Jenin, Akram Rajoub, disse à emissora CNN que Ferro já estava morto quando seu corpo foi levado.
“Quando estávamos no hospital, estávamos em frente à unidade de terapia intensiva. Meu filho estava conectado a um respirador e tinha batimentos cardíacos. Eu estava com meu irmão e meu filho, de repente uma gangue de 20 homens mascarados entrou na sala gritando. Ficamos parados e não havia nada que pudéssemos ter feito”, afirmou o pai da vítima aos repórteres.
O primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, disse nesta quarta-feira, 23, que “os sequestradores pagariam um preço alto” se o corpo não fosse devolvido.