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Milhares protestam contra a Odebrecht na República Dominicana

Manifestantes exigem fim das operações da empreiteira no país e punição para autoridades que receberam subornos

Por Da redação
26 mar 2017, 22h53
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  • Milhares de pessoas marcharam neste domingo pela cidade dominicana de Santiago para exigir o fim imediato das operações da construtora brasileira Odebrecht na República Dominicana. Além disso, os manifestantes exigiam punição para autoridades que receberam subornos da empresa.

    Uma das organizadoras do protesto, Altagracia Kubinyi disse que os manifestantes exigem uma auditoria para determinar se a companhia financiou as campanhas eleitorais do presidente Danilo Medina em 2012 e 2016.

    Imagens da emissora de televisão CDN mostraram milhares de pessoas vestidas de verde no protesto em Santiago, 150 quilômetros ao norte da capital Santo Domingo.

    Kubinyi leu à multidão um manifesto com cinco pontos nos quais os organizadores do protesto demandaram a suspensão imediata dos trabalhos da Odebrecht e a instalação de um organismo independente que investigue os subornos que a companhia pagou no país para obter contratos do governo.

    A manifestação em Santiago foi a segunda grande marcha no país contra a Odebrecht, após em 22 de janeiro milhares de pessoas irem às ruas de Santo Domingo para exigir uma investigação do caso.

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    Investigação

    De acordo com informação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, executivos da Odebrecht revelaram que pagaram subornos de cerca de 785 milhões de dólares em 12 países, entre eles 92 milhões de dólares na República Dominicana. Desde que começou a operar no país, a companhia participou de 17 das mais importantes obras de infraestrutura no país, sete das quais relativas ao período do governo de Medina.

    A procuradoria dominicana abriu em janeiro uma investigação e interrogou vários funcionários, sem revelar até agora as identidades dos beneficiários dos subornos. A instituição e a Odebrecht haviam chegado a um acordo mediante o qual a companhia pagaria uma multa de 184 milhões de dólares em troca de continuar a operar no país e que o governo renunciasse a processar os empregados da empresa. O acordo, porém, foi declarado inadmissível por um tribunal.

    (Com Estadão Conteúdo)

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