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México procura sem descanso sobreviventes após terremoto

O número de mortos na tragédia subiu para 225

Por Da redação
Atualizado em 20 set 2017, 21h59 - Publicado em 20 set 2017, 16h02
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  • Os trabalhos de resgate continuam sem descanso na capital e nos estados centrais do México, nesta quarta-feira, em busca de sobreviventes que possam estar sob os escombros de edifícios que desabaram após o terremoto devastador da véspera.

    De acordo com último boletim divulgado pelo diretor da Defesa Civil, Luis Felipe Puente, o número de mortos agora chega a 225: 94 na Cidade do México, 71 em Morelos, 43 em Puebla, doze no Estado do México, quatro em Guerrero e um em Oaxaca. Entre os mortos, há uma panamenha, confirmou o governo desse país centro-americano.

    Muitos moradores da capital não dormiram, com medo de um tremor secundário forte e à espera dos resgates. Após o sismo de 7,1 graus de magnitude ocorrido ontem, 22 réplicas já foram registradas – a maior delas de magnitude 4.

    Em meio à destruição, as autoridades pediram aos moradores de edifícios danificados que tomem precauções extras. “Se não se sentem seguros, a recomendação é não ficar em casa”, advertiu o diretor do Centro Nacional de Prevenção de Desastres (Cenapred), Carlos Valdés.

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    Já ao amanhecer, centenas de voluntários voltaram a se juntar aos trabalhos de remoção de escombros e de apoio ao translado de desabrigados. O prefeito da capital, Miguel Ángel Mancera, atualizou o número de prédios que desabaram para 39 – abaixo dos 45 inicialmente relatados. Segundo ele, os trabalhos de resgate continuam, salvo em cinco imóveis, onde já se confirmou não haver pessoas presas.

    “Em todos os demais, absolutamente todos, estamos com um protocolo de busca de pessoas”, garantiu Mancera, em entrevista à rede local Televisa. Ele destacou que pelo menos quarenta pessoas foram resgatadas de dois dos edifícios destruídos e que cerca de 600 construções serão revisadas para verificar o estado de sua estrutura.

    Os resgates se concentravam na zona sul e no corredor Roma-Condesa, área nobre da capital conhecida por seus bares e restaurantes e onde moram muitos estrangeiros. A energia elétrica foi restabelecida em 85% da capital mexicana, mas a companhia estatal mantém cortes de luz nas zonas que concentraram o maior número de desabamentos e onde ainda se realizam os trabalhos de resgate.

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    Nos estados de Puebla e Morelos, epicentro do sismo, as operações também continuam. Em Morelos, segundo em número de vítimas, os graves danos materiais são um grande desafio. “É preciso reconstruir parte importante da cidade de Jojutla, que foi destruída”, disse à emissora local o governador Graco Ramírez.

    Escola Enrique Rebsamen

    Na capital, a maior tragédia foi o desabamento da escola Enrique Rebsamen, localizada no extremo sul da cidade. “Temos 26 mortos, dos quais cinco são adultos e 21 crianças. Onze crianças foram resgatadas, e o número de pessoas presas oscila entre trinta e quarenta”, disse José Luis Vergara, oficial do Exército que coordena o resgate, ao canal Televisa.

    Com o apoio de civis e de socorristas, militares trabalhavam com a luz de geradores. As buscas seguiam complicadas, porque a escola – que, de três andares, foi reduzida a apenas um – ameaçava desabar por completo a qualquer momento. O clima é de grande apreensão entre os pais, à espera de notícias dos filhos.

    O México fica entre cinco placas tectônicas e é um dos países com maior atividade sísmica no mundo. Em 7 de setembro, um terremoto de magnitude 8,1, o mais forte em um século no México, deixou 96 mortos e mais de 200 feridos no sul do país, especialmente nos estados de Oaxaca e Chiapas. Em 19 de setembro de 1985, a capital ficou parcialmente destruída por um terremoto de 8,1 graus que deixou mais de 10.000 mortos.

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