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México: 700 pessoas fogem de suas casas em meio a guerra de cartéis

Ao menos vinte morreram em janeiro, durante uma disputa entre os narcotraficantes do CJNG e de Sinaloa por rotas de contrabando

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h12 - Publicado em 23 jan 2024, 11h13
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  • Mais de 700 pessoas imigraram de Chiapas nos últimos dias, vítimas da violência entre cartéis, no México.
    Mais de 700 pessoas imigraram de Chiapas nos últimos dias, vítimas da violência entre cartéis, no México. (Jesus Verdugo/Anadolu Agency/Getty Images)

    A escalada de violência entre dois cartéis do México levou ao menos 700 pessoas a abandonarem suas casas no estado de Chiapas, no sul do país. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 23, pela agência de notícias Reuters. Dezenas de mortes já haviam sido registradas nas últimas semanas, em meio a uma disputa entre os narcotraficantes de Jalisco New Generation (CJNG) e de Sinaloa pelo controle de rotas de contrabando.

    As comunidades de Chicomuselo e La Concordia, em Chiapas, foram pegas no fogo cruzado. Na primeira, moradores relataram que, somente no dia 4 de janeiro, quando um sangrento confronto tomou as ruas do pequeno município, 20 pessoas foram mortas. Entre elas, estavam 18 membros das gangues e dois civis.

    Em comunicado, a população desabafou sobre “a dor ao ver crianças e jovens tremerem de medo e adoecendo” devido às “experiências traumáticas”. Eles também acusaram o governo de inação. O estado de Chiapas, habitado por maioria indígena, é considerado um dos mais pobres do país e é de particular interesse dos grupos criminosos pela fronteira com a Guatemala, por onde são contrabandeadas drogas, especialmente cocaína, e imigrantes ilegais rumo aos Estados Unidos. 

    + Cartéis são quinto maior empregador do México, revela pesquisa

    Versão da promotoria

    A promotoria de Chiapas, no entanto, rejeitou a versão apresentada pelos moradores. Cinco dias após os supostos assassinatos, o órgão publicou um comunicado em que dizia que não houve relato de vítimas na área.

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    Militares foram enviados para a região para combater o crime organizado, mas há risco de que civis sejam mortos em meio à troca de tiros com narcotraficantes. Sem saída, famílias decidiram cruzar a barco o lago Angostura para fugir da zona de conflito.

    + Cartel mexicano força moradores a usarem rede Wi-Fi fornecida por eles

    Panorama no México

    Em setembro do ano passado, estudo publicado na revista Science revelou que cartéis são o quinto maior empregador do México, com cerca de 175 mil “funcionários”. Os cientistas utilizaram uma década de dados sobre homicídios, desaparecimentos e prisões no país, além de informações sobre embates entre facções rivais.

    Os índices de homicídio mais do que triplicaram entre 2007 e 2021, ano em que o governo registrou cerca de 34 mil assassinatos. Com isso, o México passou a ser considerado o país mais mortífero da América Latina. Acredita-se que ao menos 198 grupos armados tenham se estabelecido no país, muitos deles funcionando como subcontratados – espécie de milícia mercenária – em confrontos.

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