O governador de Beirute, Marwan Abboud, afirmou nesta quarta-feira, 5, que a destruição causada pela explosão no porto da cidade se estendeu por pelo menos metade da capital libanesa. Segundo ele, os custos do dano podem variar entre 3 e 5 bilhões de dólares (15 e 26 bilhões de reais).
Em entrevista a jornalistas, Abboud afirmou que em toda a sua vida não viu uma destruição como essa tragédia, que por enquanto deixou pelo menos 100 mortos e mais de 4.000 feridos. O governador ainda comparou a destruição da cidade com o Japão após as bombas de Hiroshima e Nagazaki, jogadas pelos Estados Unidos no final da Segunda Guerra Mundial.
Abboud estimou que por volta de 300.000 pessoas tenham tido suas casas destruídas ou parcialmente danificadas e tiveram que procurar abrigo em outros locais. O número é próximo da população total da área central da capital. Mais de 100 pessoas ainda estão desaparecidas.
A deflagração provocou uma enorme onda de choque que afetou milhares de casas e edifícios, destruindo vidro e paredes, levando grande parte da população daquela área da cidade a procurar abrigo em outro lugar.
Footage of the Explosion in #Beirut #Lebanon a few minutes ago. Praying for the safety of everyone. pic.twitter.com/6Q3y6A6DxL
— Fady Roumieh (@FadyRoumieh) August 4, 2020
O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, revelou em uma reunião com o presidente da República, Michel Aoun, que um carregamento desprotegido de nitrato de amônio de 2.750 toneladas foi a causa da tragédia, embora os motivos que levaram à explosão do fertilizante sejam desconhecidas.
Hoje é o primeiro dia de luto nacional decretado no país, em estado de emergência por duas semanas. O Conselho Supremo de Defesa libanês declarou ontem Beirute como uma “zona catastrófica”.
(Com EFE)