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Merkel encerra 2018 defendendo cooperação internacional contra ‘pressões’

Sem citar nomes, chanceler da Alemanha afirmou que lições das guerras mundiais 'não são compartilhadas por todos' e que país buscará protagonismo em 2019

Por EFE Atualizado em 30 jul 2020, 19h59 - Publicado em 30 dez 2018, 23h22

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, advertiu neste domingo 30, em sua tradicional mensagem de fim de ano, sobre a “pressão” que há contra as “certezas da cooperação internacional”, e disse que as lições de duas guerras mundiais não são compartilhadas “por todos”.

“Em tal situação, temos que insistir novamente em nossas convicções, argumentar e lutar, e temos que assumir mais responsabilidade em nosso próprio interesse”, declarou.

Merkel mencionou os desafios impostos pela mudança climática, a imigração e a luta contra o terrorismo, e afirmou que, para solucioná-los, é necessário levar em conta seus próprios interesses e dos outros. “Essa é a lição de duas guerras mundiais no século passado. Mas esta convicção não é compartilhada neste momento por todos, as certezas da cooperação internacional estão sob pressão”, acrescentou.

Ela lembrou que a partir do dia 1º de janeiro, a Alemanha terá um posto não permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas e que seu país agirá em favor de “soluções globais”. “Aumentamos nossos meios de ajuda humanitária e ajuda ao desenvolvimento, mas também nossos gastos com defesa”, disse Merkel.

“Só resolveremos os desafios do nosso tempo se estivermos juntos e cooperarmos com outros além das fronteiras”, afirmou a chanceler, que também se referiu aos últimos eventos na política interna de seu país.

Neste sentido, ela destacou que em 2018 tomou a decisão de não voltar a desempenhar um cargo político no final do atual mandato, deixando a presidência de seu partido, a conservadora União Democrata-Cristã (CDU, na sigla em alemão). No encerramento, a chanceler alemã observou que o ano que termina foi “extremamente difícil do ponto de vista político”, e declarou que com sua decisão de deixar a direção de seu partido e no futuro a Chancelaria, encaminha para um “novo começo”.

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