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Mercenários devem se juntar ao Exército ou retornar para casa, diz Putin

Comunicado ocorre poucos dias após um levante liderado pelo líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, que terminou em um acordo de anistia

Por Paula Freitas Atualizado em 26 jun 2023, 19h46 - Publicado em 26 jun 2023, 18h50
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  • Em um pronunciamento de apenas cinco minutos, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta segunda-feira, 26, que os mercenários do grupo Wagner têm três opções: entrar para as Forças Armadas do país, retornar para suas famílias ou ir para a Belarus. O comunicado oficial ocorre poucos dias após um levante liderado pelo chefe do grupo paramilitar russo, Yevgeny Prigozhin, que terminou em um acordo de anistia para os envolvidos.

    Na última sexta-feira, Prigozhin publicou um vídeo nas suas redes sociais no qual acusava o Exército russo de atacar as bases dos mercenários, ocasionando a morte de uma “grande quantidade” de combatentes da sua organização. Ele disse, ainda, que pretendia “responder a essas atrocidades” e que Moscou teria mentido sobre as motivações por trás da guerra na Ucrânia, que teve início em fevereiro do ano passado.

    Em resposta, o Ministério da Defesa da Rússia abriu, no mesmo dia, um processo criminal contra Prigozhin por ter convocado uma “rebelião armada”. No sábado, contudo, o governo da Rússia informou que as acusações seriam retiradas depois que uma trégua, mediada pelo presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, teria sido estabelecida com o líder do grupo Wagner.

    + Após acordo, Rússia diz que não processará líder de mercenários rebeldes

    Putin, que chegou a relacionar o levante a “traidores”, suavizou o discurso nesta segunda-feira. Contido, o presidente agradeceu aos comandantes paramilitares “que tomaram a única decisão certa” ao não optar pelo “derramamento de sangue fratricida“, referenciando a escolha de não invadir Moscou.

    Sem mencionar o nome de Prigozhin, ele disse também que os mercenários teriam a “oportunidade de continuar servindo a Rússia firmando um contrato com o Ministério da Defesa ou outras agências de aplicação da lei, ou de retornar para sua família e amigos”, enquanto os interessados poderiam “ir para Belarus”.

    Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, o presidente russo teria seguido para uma reunião com os chefes das agências de segurança logo após o pronunciamento. Entre os participantes estariam “o procurador-geral Krasnov, o ministro do Interior Kolokoltsev, o ministro da Defesa Shoigu, o diretor do FSB Bortnikov, o chefe da Guarda Nacional Zolotov, o diretor do FSO Kochnev, o chefe do Comitê Investigativo Bastrykin e o chefe da administração do Kremlin Vaino”, como indica a agência russa RIA Novosti.

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