Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Meninas foram usadas como “escudos mágicos” por milícias na RDC

Relatório de organizações humanitárias mostra que, na província de Kasai, moças foram sequestradas, estupradas e forçadas a se casar com combatentes

Por Da Redação
Atualizado em 20 Maio 2019, 18h24 - Publicado em 20 Maio 2019, 18h14
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Consideradas como detentoras de poderes mágicos, meninas e jovens tornaram-se “escudos” de milicianos nos confrontos armados da República Democrática do Congo (RDC). As moças são recorrentemente estupradas e/ou forçadas a se casar com eles, denunciaram várias entidades e organismos internacionais no documento “Tudo o que tinha, eu perdi”.

    O relatório foi divulgado nesta segunda-feira, 20, e traz denúncias sobre os abusos cometidos contra crianças durante o conflito da província de Kasai em 2016 e 2017. Foi elaborado pela Coalizão Global para Proteger a Educação dos Ataques (GCPEA), entidade integrada pelo Observatório dos Direitos Humanos (HRW), Conselho Norueguês de Refugiados (NRC) e pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

    “As milícias acreditavam que as mulheres jovens tinham poderes mágicos e, frequentemente, as usavam na primeira linha de defesa para mover suas saias e repelir soldados armados”, disse a diretora-geral da GCPEA, Diya Nijhowne. 

    Baseado em entrevistas com 55 estudantes da RDC, o documento traz relatos de estupros durante os ataques das milícias a escolas, além sequestros para integrá-las em suas fileiras e casamentos forçados. Em 38 ataques documentados das Forças Armadas Congolesas a escolas, as jovens aparecem como como escudos humanos dos milicianos.

    “Os líderes da milícia davam às meninas vassouras, que consideravam mágicas. Deram-me um utensílio de cozinha de madeira que diziam ser uma arma mágica que os soldados não poderiam derrotar”, narrou no relatório Lucia N., uma estudante de ensino médio forçada a participar de várias batalhas.

    Continua após a publicidade

    Antes uma era uma das regiões mais prósperas e pacíficas da RDC, Kansai tornou-se alvo de violência desde agosto de 2016, depois do assassinato do líder da milícia Kamuina Nsapu, contrária ao governo. O crime desencadeou batalhas entre a milícia, acusada de recrutamento forçado de crianças-soldado, e as Forças Armadas da RDC.

    O conflito causou a morte de mais de 3,3 mil pessoas, incluindo dois analistas da Organização das Nações Unidas (ONU), e forço o deslocamento de mais de 1,3 milhão de pessoas de Kasai Central. Nessa região, a ONU identificou 80 valas comuns. Além disso, segundo a Acnur, cerca de 475 mil congoleses fugiram para países vizinhos.

    (Com EFE)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.