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Manifestantes tentam invadir Congresso do Chile

Presidente da Câmara determinou que Congresso fosse esvaziado; polícia usou bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersar protesto

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h36 - Publicado em 25 out 2019, 16h33
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  • No início da tarde desta sexta-feira, 25, manifestantes tentaram invadir o Congresso Nacional do Chile, em Valparaíso, mas foram impedidos pela polícia, que usou bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água. O edifício teve que ser esvaziado e as atividades legislativas suspensas.

    Segundo a emissora americana CNN, os manifestantes conseguiram passar o último perímetro externo do local, mas os policiais os detiveram antes que eles conseguissem entrar no prédio principal.

    O presidente da Câmara dos Deputados, Iván Flores, determinou o esvaziamento do Congresso durante os confrontos.

    “Com a violência não resolveremos nada”, disse. “A tensão que existe contra as instituições é o pior que pode acontecer neste momento. Faço um apelo à calma”, completou, segundo a rádio Cooperativa.

    Esta sexta marca o oitavo dia de protestos no país. Já são 19 mortes registradas, com 2.840 pessoas detidas e 295 feridas por armas de fogo.

    Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e atualmente Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, disse que enviará, na próxima segunda-feira, 28, uma missão de verificação para acompanhar os conflitos no país e examinar denúncias de violações dos direitos humanos.

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    Manifestações

    As manifestações começaram na semana passada, com o anúncio do aumento das passagens do metrô. E mesmo depois de o presidente Sebastián Piñera ter voltado atrás e cancelado o aumento, os protestos continuaram.

    O Chile, um país reconhecido por ter bons indicadores de governança, expôs suas debilidades e uma grande desigualdade social. Os manifestantes reclamam do alto custo de vida, dos baixos salários e aposentadorias, e do sistema de saúde e educação, que não é acessível a todos.

    Piñera anunciou um pacote de medidas para tentar acalmar os ânimos e conter as manifestações, mas não foi suficiente. Os protestos continuaram. A população argumenta que nenhuma das medidas anunciadas terá aplicação imediata e que são iniciativas que ainda terão de passar pelo Congresso.

    Nas rodovias, milhares de caminhões, táxis e carros particulares se somaram nesta sexta-feira ao protesto contra as altas tarifas do sistema eletrônico de pedágios.

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    “Nós, os pequenos transportadores estamos sendo sobrecarregados pelo pagamento das rodovias” e não “nos submetemos à situação gerada no país”, disse Marcelo Aguirre, motorista de 49 anos, durante esta manifestação.

    Embora em meio aos protestos constantes, que depois do meio-dia começaram a ganhar força mais uma vez, Santiago também tenta retomar seu ritmo. Os moradores, no entanto, terão que lidar com o sétimo toque de recolher consecutivo, entre as 23h desta sexta e as 04h de sábado.

    O metrô – com mais de 70 estações danificadas, várias delas destruídas – funciona parcialmente em cinco de suas sete linhas, apoiado por milhares de ônibus para transportar a maioria dos 7 milhões de moradores da capital.

    (Com Agência Brasil e AFP)

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