Manchester: prisões de suspeitos são significativas, diz polícia
As autoridades prenderam oito homens por conexão com o ataque e suspeitam da existência de uma rede terrorista
Por Da redação
25 Maio 2017, 11h07
A polícia da Inglaterra informou nesta quinta-feira que prendeu outros dois homens na zona metropolitana de Manchester, por suposta relação com atentado da última segunda-feira, o que eleva para oito o número de detidos. Segundo o chefe de polícia Ian Hopkins, se tratam de prisões “significativas” para as investigações dos serviços de inteligência, que suspeitam da existência de uma rede terrorista.
“As buscas iniciais de instalações revelaram itens que acreditamos ser muito importantes”, disse Hopkins, em entrevista coletiva na manhã de hoje. “Essas buscas vão demorar diversos dias, como é de se esperar. Junto a isso, temos um time de oficiais treinados que estão ajudando as famílias dos que perderam suas vidas”, acrescentou.
Segundo a polícia, os oito suspeitos sob custódia são homens. Uma mulher detida ontem, no norte da cidade, foi colocada em liberdade. Entre os presos nesta semana, está um dos irmãos de Salman Abedi, o terrorista suicida que explodiu uma bomba na saída de um show da cantora americana Ariana Grande. O atentado deixou 22 mortos e 75 feridos seguem internados em hospitais.
O que era para ser um mútuo apoio entre os serviços de inteligência da Inglaterra e dos Estados Unidos, se tornou motivo de conflito entre os dois países, após os americanos vazarem informações sobre o caso para a imprensa. A primeira-ministra inglesa, Theresa May, disse que falará hoje com Donald Trump, durante reunião de cúpula em Bruxelas, para abordar o sigilo dos dados.
Após o ataque, oficiais americanos divulgaram o nome do terrorista, enquanto a Inglaterra pretendia manter sigilo para não atrapalhar as investigações. Ontem, o jornal americano The New York Times também publicou fotos de partes do artefato usado na explosão em Manchester, o que frustrou novamente os ingleses. “Vou deixar claro ao presidente Trump de que a inteligência que é compartilhada entre nossas agências policiais deve ser mantida com segurança”, disse a premiê.
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