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Mais de 1.200 vítimas são enterradas em vala comum na Indonésia

Agência é criticada por ter suspendido o alarme de tsunami antes de as ondas atingirem a ilha de Sulawesi

Por Da Redação
Atualizado em 1 out 2018, 20h07 - Publicado em 1 out 2018, 17h01
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  • O total de mortos em decorrência do terremoto e do tsunami na ilha de Sulawesi, na Indonésia, supera 1.200, segundo autoridades locais. Enquanto as equipes de resgate trabalham para encontrar vítimas, o governo de Jacarta se defronta com o inexplicável fato de um alerta ter sido desativado pouco antes de a onda atingir a ilha.

    Aturdidos pelo número de corpos e pela temperatura acima de 32 graus, as autoridades militares e locais decidiram-se por um rápido enterro em vala comum, segundo o porta-voz da Agência Nacional de Desastres e Mitigação da Indonésia (BMKG), Sutopo Purwo Nugroho. A demora poderia causar problemas graves sanitários.

    O terremoto de 7.5 graus na escala Richter deu-se às 18h30 de sexta-feira, 26, em Sulawesi, seguido por dezenas de outros tremores. Segundo a BBC, a agência meteorológica e geofísica BMKG, da Indonésia, emitiu um alerta logo depois do primeiro sismo sobre possíveis ondas de 50 centímetros a metros de altura. Mas o alarme foi suspenso 30 minutos depois.

    A cidade de Palu foi devastada pelas ondas de mais de seis metros de altura no momento em que centenas de pessoas estavam na praia para um festival, informou a BBC. A Agência Nacional de Desastres e Mitigação atribuiu ao tsunami a maior parte das vítimas fatais.

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    Diante das críticas, a presidente da BMKG, Dwikorita Karnawati, defendeu sua agência alegando que o fim dos alertas deu-se apenas depois da terceira e última onda do tsunami, às 18h37. Ela disse ainda que recebera observações de um funcionário da agência sobre o tsunami em Palu antes da desativação do alarme.

    O tsunami devastou a cidade de 300.000 habitantes. Equipes de resgate atuam em edifícios e infraestruturas desmoronadas à procura de sobreviventes. As estruturas de comunicação e de transportes estão destruídas, o que dificulta o trabalho. Outro obstáculo está no fato de parte das equipes estar em outra ilha, Lombok, que sofreu um terremoto de 6,9 graus em setembro.

    A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 191.000 pessoas necessitem de ajuda humanitária. Citando o jornal Jacarta Post, a NPR informou que sobreviventes desesperados param e assaltam caminhões carregados de alimentos, água potável e combustível em Palu. Milhares de pessoas acamparam no aeroporto local, que foi reaberto e opera parcialmente.

    O presidente da Indonésia, Joko Widodo, visitou Palu no domingo e deu-se conta da amplitude da catástrofe e dos problemas para o socorro chegar à ilha. Ele pediu paciência aos sobreviventes.

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