A maioria das vítimas do acidente com o avião que caiu nesta sexta-feira pouco depois de decolar do Aeroporto Internacional José Martí, em Havana, era cubana, informou a imprensa estatal.
Em comunicado, a companhia aérea mexicana Damojh, proprietária do Boeing 737, disse que, ao todo, 110 pessoas estavam a bordo do avião, sendo 104 passageiros e seis tripulantes. Mais cedo, o governo havia confirmado nove tripulantes.
O governo ainda não confirmou oficialmente o número de vítimas, mas segundo a imprensa estatal mais de 100 pessoas podem ter morrido na queda. Entre os passageiros havia um bebê de menos de 2 anos e outras quatro crianças, de acordo com a Cuba TV.
O acidente aconteceu às 12h08 (horário local, 13h08 em Brasília), quando a aeronave, alugada pela Cubana de Aviación, caiu em uma área de plantação. As autoridades ainda não revelaram detalhes sobre a identidade das pessoas que estavam no avião, que ia de Havana para Holguín, na parte leste da ilha.
Ao todo três pessoas, todas mulheres e cubanas, foram retiradas do local do acidente com vida e levadas em estado crítico para o Hospital Calixto García, em Havana. Uma delas poderia estar grávida, conforme uma imagem das sobreviventes publicada pela imprensa oficial, embora as autoridades não confirmem esse fato.
Até o momento, sabe-se a identidade de uma: Emiley Sánchez, de 39 anos, moradora Holguín, e que chegou ao centro médico com fraturas, queimadura em 30% do corpo e traumatismo craniano. Sobre as outras duas resgatadas, sabe-se que uma tem entre 18 e 25 anos, e a outra tem 30, ambas com graves ferimentos.
O governo cubano habilitou um sistema de informação e assistência psicológica para os familiares das vítimas e disponibilizou transporte de Holguín, de onde é a maioria dos falecidos, até a capital. A expectativa é de que as famílias cheguem a Havana esta noite em um voo fretado pelo governo.
A embaixada do México em Cuba também ativou protocolos de emergência para orientar os cidadãos mexicanos sobre o ocorrido.
(Com EFE)