O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um apelo às milícias civis, na terça-feira, 12, para que patrulhem as ruas do país em meio às ameaças de protestos da oposição. O líder oposicionista Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, convocou uma manifestação contra o regime para o sábado, 16.
Em pronunciamento televisivo, Maduro, sentado entre líderes militares, ordenou que os cerca de 3,2 milhões de civis venezuelanos que integram milícias intensifiquem as rondas nas ruas em todo o país. Ele disse que as mesmas forças “imperialistas” que derrubaram o presidente boliviano Evo Morales no domingo, 10, querem tirá-lo do poder.
No domingo, Maduro, e o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel chamaram de “golpe de Estado” o processo que culminou com a renúncia de Evo Morales à presidência da Bolívia.
“Condenamos categoricamente o golpe de Estado consumado contra o irmão presidente Evo Morales”, disse Maduro no Twitter. Ele acrescentou ainda que os “movimentos sociais e políticos do mundo” se declaram “em mobilização para exigir a preservação da vida dos povos nativos bolivianos vítimas do racismo”.
Nesta terça-feira, a senadora de direita Jeanine Áñez se declarou presidente interina da Bolívia, mesmo sem aval do parlamento, e indicou que novas eleições serão realizadas no país em janeiro. Evo Morales se asilou no México se dizendo vítima de um golpe de Estado.
(Com Estadão Conteúdo e EFE)