Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Maduro diz que Trump é ‘supremacista branco’ e serve à Ku Klux Klan

Em entrevista à BBC, líder venezuelano diz que seu país é vítima de "guerra política" promovida por Washington e que não tem lógica repetir a eleição

Por Da Redação
Atualizado em 12 fev 2019, 16h52 - Publicado em 12 fev 2019, 14h27
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O líder venezuelano Nicolás Maduro afirmou que o país é vítima de uma “guerra política” promovida pelos Estados Unidos, “servindo aos interesses da extrema direita e da Ku Klux Klan, que comanda a Casa Branca”. Em entrevista concedida à BBC, em Caracas, Maduro ainda disse esperar que esse “grupo extremista” seja derrotado pela opinião pública mundial.

    Quando questionado sobre sua menção à Ku Klux Klan e a uma possível postura racista do presidente americano, Donald Trump, Maduro reiterou que o líder é um “supremacista branco” confesso. “Ele é, publicamente e confessamente. Eles nos odeiam e nos diminuem porque só acreditam em seus próprios interesses e nos interesses dos Estados Unidos”, concluiu o chavista.

    Maduro também se manteve firme quanto à proibição da entrada de ajuda humanitária no país latino-americano, que definiu como uma forma de Trump justificar uma futura intervenção militar.

    “Eles estão instigando a guerra para tomar a Venezuela. Esta é uma parte da charada. Isso é o porque, com toda dignidade, nós dizemos a eles que não queremos suas migalhas, sua comida tóxica, seus restos”, explicou Maduro. “A Venezuela tem a capacidade de satisfazer as necessidades de seu povo. Não precisamos implorar nada para ninguém”.

    A Venezuela vem enfrentando há anos um forte racionamento de itens básicos, como comida e medicamentos. No último ano, a taxa de inflação alcançou 2.600.000% e fez com que o preço dos produtos essenciais dobrassem, em média, a cada 19 dias. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), três milhões de pessoas já deixaram o país desde o início da crise, pressionando as nações fronteiriças que recebem os refugiados, como o Brasil e a Colômbia.

    Principal alvo dos ataques de Maduro, os Estados Unidos foram um dos primeiros países a reconhecer o líder oposicionista, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela no último dia 23 de janeiro. A oposição alega que a reeleição do chefe do Executivo em 2018 foi fraudada e que sua posse em 10 de janeiro, portanto, é “ilegítima”.  Washington foi seguido pelo Canadá, parte da União Europeia e pela maioria das nações latino-americanas do Grupo de Lima, como o Brasil.

    Continua após a publicidade

    Os aliados de Guaidó esperam que Maduro ceda às pressões internacionais e entregue seu cargo a um governo de transição, que convocará novas eleições. Os Estados Unidos bloquearam o acesso do governo venezuelano às contas americanas da estatal petrolífera PDVSA, responsável por 90% das receitas do país. Autoridades ligadas a Trump fazem duras críticas à repressão violenta de oposicionistas e à corrupção nos órgãos públicos, comandados por aliados de Maduro.

    O chavista, que ainda conta com o apoio da Rússia e da China, assim como do Exército venezuelano, disse que não vê qual “a lógica e a razão de se repetir uma eleição”, afirmando que apenas 10 países apoiam o governo interino — na verdade, mais de 40 nações reconheceram Guaidó como o líder legítimo.

    Há a expectativa de novos protestos contra Maduro nesta terça-feira, 12, depois de uma convocação pública do presidente interino.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.