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Macron viaja a ilha francesa no Pacífico em meio a motins violentos

Protestos pró-independência tomaram conta da Nova Caledônia na semana passada em oposição a uma lei de Paris para expandir o corpo eleitoral da ilha

Por Da Redação
21 Maio 2024, 14h48
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  • Presidente francês, Emmanuel Macron, durante encontro com o primeiro-ministro da Tailândia no Palácio do Eliseu. 16/05/2024
    Presidente francês, Emmanuel Macron, durante encontro com o primeiro-ministro da Tailândia no Palácio do Eliseu. 16/05/2024 (Christian Liewig/Getty Images)

    O presidente da França, Emmanuel Macron, viaja para a Nova Caledônia na noite desta terça-feira, 21, para “estabelecer uma missão” na ilha francesa do Pacífico que foi tomada por uma onda de protestos violentos na última semana. O movimento é contra um projeto de Paris para expandir o corpo eleitoral da ilha, dando mais poder de voto a cidadãos franceses, que não é atualizado desde o final da década de 1990.

    O projeto de lei busca alterar a constituição da Nova Caledônia para aumentar os direitos de voto dos residentes franceses que moram no arquipélago do Pacífico. Na semana passada, o texto foi votado e aprovado na Assembleia Nacional de Paris, e agora foi encaminhado ao Senado.

    A comunidade indígena Kanaks da ilha, conhecida por ser pró-independência, afirma que a medida visa diminuir a influência dos povos nativos na região e consolidar o domínio francês sobre o território. 

    O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, também vai visitar o arquipélago nas próximas semanas, segundo a porta-voz do governo francês, Prisca Thevenot.

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    “Diante da eclosão da violência, a prioridade é o retorno da ordem para permitir a retomada do diálogo na Nova Caledônia”, afirmou Thevenot.

    Motins

    Desde a semana passada, quatro civis e dois policiais morreram durante os confrontos entre manifestantes e policiais. Mais de 200 pessoas já foram presas e outras dezenas ficaram feridas.

    A França declarou estado de emergência na região e impôs um toque de recolher na capital, Noumea, além de enviar centenas de soldados para a ilha. Segundo o Alto Comissariado da França na Nova Caledônia, os militares enviados “neutralizaram” 76 bloqueios de estrada e limparam as ruas de objetos incendiados durante os protestos.

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    O ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, afirmou que os manifestantes saquearam e destruíram propriedades e alega ter “conversado com todos os atores econômicos para construir o apoio do Estado”.

    O governo da Austrália, país vizinho à ilha, estima que cerca de 3.200 pessoas estão esperando para sair ou entrar na Nova Caledônia, mas o aeroporto local permanece fechado para voos comerciais. 

    As tensões entre a população pró-independência e o governo francês vêm ganhando força desde a década de 1980. O domínio francês sobre a Nova Caledônia teve início em 1853 e impôs um sistema de segregação contra os povos nativos, muitos dos quais vivem hoje abaixo da linha da pobreza.

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