Após os ataques aéreos na Síria coordenados por Estados Unidos, França e Reino Unido nesta sexta-feira (13), o presidente francês, Emmanuel Macron, justificou o apoio à ofensiva porque “não podemos tolerar a banalização do uso de armas químicas”. Os bombardeios dos EUA e de seus aliados foram uma resposta aos supostos ataques do regime sírio com armas químicas contra a população do país, que deixaram dezenas de mortos e centenas de feridos em Duma, nas proximidades da capital síria, Damasco, no último sábado (7).
Em comunicado divulgado após a ofensiva, que mirou três alvos nas cidades de Damasco e Homs, Macron ressaltou que o ataque “está circunscrito às capacidades do regime sírio que permitem a produção e o emprego de armas químicas” e explicou que o Parlamento francês será informado da ofensiva e se abrirá um debate parlamentar, como estipula a Constituição francesa.
Para Emmanuel Macron, “os fatos e a responsabilidade do regime sírio” do ditador Bashar al-Assad no ataque químico que matou dezenas de pessoas no último dia 7 de abril em Duma, perto da capital Damasco, “não oferecem nenhuma dúvida”. Por isso, o presidente francês considerou que “a linha vermelha estabelecida pela França em maio de 2017 foi ultrapassada”.
Ainda conforme o comunicado de Macron, o uso de armas químicas na Síria “é um perigo imediato para o povo sírio e para nossa segurança coletiva”. Ele adiantou também que a França e aliados retomarão “a partir de hoje” os esforços dentro das Nações Unidas com o objetivo de lançar um mecanismo internacional para o estabelecimento de responsabilidades.
Ele citou as prioridades da França na Síria: finalizar a luta contra o Estado Islâmico, permitir o acesso de ajuda humanitária à população civil e lançar uma dinâmica para alcançar uma solução política. Além disso, o presidente francês afirmou que perseguirá a realização dessas prioridades “com determinação nos próximos dias e semanas”.