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Macron diz que protestos vão ferir imagem da França no exterior

Manifestações terminaram com 100 pessoas presas e 24 feridas; protestos tornaram-se expressão do descontentamento com governo francês

Por Da Redação
Atualizado em 26 nov 2018, 17h33 - Publicado em 26 nov 2018, 16h38
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  • Grades e barreiras quebradas durante os protestos contra o aumento dos preços do diesel e do custo de vida na Avenida Champs-Elysees, em Paris, França - 25/11/2018 (Francois Guillot/AFP)

    O presidente da França, Emmanuel Macron, acredita que as “cenas de guerra” protagonizadas por manifestantes e pela polícia durante os protestos dos últimos dias em Paris podem prejudicar a imagem de seu país no cenário internacional, afirmou nesta segunda-feira, 26, seu porta-voz.

    Em reunião de gabinete hoje, Macron alertou seus ministros de que o governo deve responder de forma apropriada aos movimentos que expressam descontentamento com sua administração.

    Os tumultos já duram 10 dias. Mas, no sábado 24, espalharam o caos na avenida Champs-Elysées, em Paris, e terminaram com mais de 100 prisões. A mobilização do movimento conhecido como “coletes amarelos” se estendeu por todo o dia e deixou 24 feridos, incluindo cinco agentes das forças de segurança.

    “Não devemos subestimar o impacto dessas imagens da Champs-Elysées (…), com cenas de guerra que foram transmitidas pela imprensa na França e no exterior”, disse o porta-voz do governo de Macron, Benjamin Griveaux, em coletiva de imprensa após a reunião de gabinete.

    Durante os protestos, a turística avenida parisiense foi bloqueada pelos manifestantes, que jogaram objetos, montaram barricadas e incendiaram estruturas urbanas, enquanto a polícia tentava dispersar a multidão com gás lacrimogêneo e jatos de água.

    O protesto dos “coletes amarelos” reuniu 106.000 pessoas em toda a França, 8.000 delas em Paris, segundo o ministério do Interior.

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    O movimento começou como uma denúncia ao aumento dos preços do diesel, usado na França não só para o transporte de cargas, mas também para abastecer veículos de passeio. Contudo, logo cresceu e agregou mais reivindicações, como a perda de poder aquisitivo na França e os impostos, em geral, tornando-se uma manifestação pública do descontentamento geral com o governo Macron.

    “Por trás de toda essa raiva há obviamente algo mais profundo a que devemos responder, porque essa raiva, essas ansiedades [da população] existem há muito tempo”, acrescentou Griveaux.

    As autoridades indicaram que facções de extrema-direita podem ter se infiltrado entre os manifestantes para radicalizar o movimento.

    No final de semana, Macron condenou a violência durante os protestos. Em sua conta no Twitter, o presidente afirmou que o ato é uma “vergonha para quem atacou”.

    “Vergonha para aqueles que foram violentos contra outros cidadãos. Não há lugar para essa violência na República”, afirmou.

    Macron vem lutando contra a queda de sua popularidade. O presidente é muito criticado pela população por sua recusa em diminuir os impostos sobre o diesel e pelas reformas trabalhistas que tenta implementar desde o início de seu mandato.

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    Os franceses também veem o ex-banqueiro como um membro da elite, que não tem qualquer contato com a realidade da maior parte das cidades do país.

    Reconstrução

    Paris ainda se recupera dos confrontos do final de semana. A operação de limpeza e reconstrução da Champs-Elysées e de outras partes da cidade obrigou o governo a mobilizar 200 trabalhadores extras no domingo e nesta segunda-feira.

    Paredes foram pichadas e vitrines de lojas, destruídas. Além disso, muitos detritos e pedaços de madeira foram deixados pelas ruas, já que os manifestantes construíram barricadas com móveis e outros objetos improvisados para se protegerem dos avanços da polícia.

    Segundo as autoridades locais, ainda é cedo para estimar os custos dos danos provocados pelos violentos protestos, mas estima-se que os gastos possam chegar a até 1,5 milhão de euros (6,6 milhões de reais), segundo o jornal The Guardian.

    (Com Reuters)

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