O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou nesta quarta-feira, 25, com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, às margens da Assembleia Geral das Nações Unidas, que pela primeira vez teve a Palestina como observador.
Em nota, a Presidência disse que Lula manifestou “solidariedade pelo sofrimento das mulheres e crianças palestinas diante da violência e pela necessidade do cessar-fogo imediato”.
Em discurso de abertura de sessão da Assembleia Geral, na terça-feira, Lula usou parte de sua fala para criticar a ofensiva israelense em Gaza, dizendo que a guerra se expande “perigosamente” para o Líbano e que já passou da hora de a diplomacia entrar em ação.
“O que começou como uma ação de fanáticos contra civis israelenses inocentes tornou-se uma punição coletiva de todo o povo palestino. São mais de 40 mil vítimas fatais, em sua maioria mulheres e crianças. O direito de defesa se tornou em direito de vingança, que impede um acordo para a liberação de reféns e adia o cessar-fogo”, declarou o mandatário.
Em abril, com a participação do Brasil, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução sobre a admissão do Estado da Palestina na ONU. Apesar de ser reconhecida por mais de 140 países, a Palestina não tem assento na ONU, fora o status de observador. Os Estados Unidos, aliados de Israel, vetaram a criação do Estado na entidade, usando seu direito ao veto em diversas ocasiões, mais recentemente em meados deste ano.
O Brasil reconhece a Palestina como um Estado desde 2010, nas fronteiras de 1967, o que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital.