O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já está no Vaticano para seu encontro com o papa Francisco. Acompanhado da primeira-dama, Janja Silva, o presidente chegou para a reunião por volta das 14h30 do horário local (9h30 em Brasília), nesta quarta-feira, 21.
Esta será a segunda reunião entre os dois desde que o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio tornou-se Papa, em 2013, mas a primeira desde que o petista iniciou o terceiro mandato. O primeiro encontro, em fevereiro de 2020, ocorreu cerca de três meses depois Lula ser solto da prisão em Curitiba, onde ficou detido entre 2018 e 2019.
Presidente @lulaoficial chega para reunião com o Papa Francisco (@pontifex_pr), no Vaticano. pic.twitter.com/xzjvrDQN6f
— Governo do Brasil (@govbr) June 21, 2023
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Naquela época, a reunião com o pontífice foi intermediada pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández, amigo e aliado do líder brasileiro.
Durante a transmissão do programa “Conversa com o Presidente”, Lula mencionou o primeiro encontro e disse que gostaria de agradecer a Francisco pelo apoio no contexto de sua prisão.
“De forma inequívoca, é o Papa mais comprometido com o povo humilde do mundo”, elogiou Lula. “Ele, sobretudo, foi muito solidário a mim, em todos aqueles meus processos”, afirmou, fazendo referência aos trâmites da Lava Jato.
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De acordo com o petista, a reunião foi motivada por sua iniciativa e ele abordará com Francisco questões referentes à paz na Europa e à desigualdade no mundo, com foco no combate à fome e na distribuição de alimentos.
Encontrar-se com o líder da Igreja Católica também faz parte do xadrez de Lula para destacar-se como possível mediador da guerra na Ucrânia. Ele defende a criação de um “clube de paz” de países neutros em relação ao conflito, que possam conversar tanto com Moscou quanto com Kiev. Neste ponto, converge com o Papa, cuja proposta é um cessar-fogo e volta imediata à mesa de negociações.
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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deu um banho de água fria em ambos os planos. Para ele, negociar com a Rússia só será possível depois que todos os soldados invasores deixarem o território de seu país – incluindo a Crimeia, anexada pelo Kremlin em 2014. Um cessar-fogo, segundo Zelensky, só beneficiaria a Rússia nas propostas de paz.