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Lula: Brasil será neutro na guerra da Ucrânia para poder negociar paz

Ao lado do presidente da Finlândia, petista justificou que proposta para fim da guerra deve ser combinada com Moscou e Kiev

Por Da Redação
Atualizado em 1 jun 2023, 17h01 - Publicado em 1 jun 2023, 15h38
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  • O presidente Lula (dir.) recebeu o líder finlandês, Sauli Niinisto, em Brasília. 01/06/2023 -
    O presidente Lula (dir.) recebeu o líder finlandês, Sauli Niinistö, em Brasília. 01/06/2023 - (Presidência da República/Reprodução)

    Em coletiva ao lado do presidente de Finlândia, Sauli Niinistö, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil se manterá neutro sobre a guerra da Ucrânia para poder ajudar a negociar um acordo de paz. As informações são da agência de notícias Reuters.

    Segundo o petista, o Brasil criticou a violação territorial da Ucrânia pela Rússia “desde que começou essa guerra”, mas o governo pretende “formular a oportunidade de colocar uma proposta de paz na mesa”. Ele reiterou que o plano teria que ser combinado com ambos os países envolvidos no conflito.

    “Não acontecerá nada enquanto Ucrânia e Rússia não tomarem a decisão de que querem a paz. Portanto, o Brasil faz parte de um grupo de países que querem se manter neutros para construir a possibilidade do fim da guerra”, completou.

    Niinistö destacou que ele e Lula concordam que a invasão da Ucrânia foi ilegal e afirmou que qualquer tentativa de se alcançar a paz é válida.

    “Mas acredito que nesse momento isso não está à vista”, ressaltou o líder finlandês.

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    Lula concedeu, no entanto, que a visão do Brasil, que está a 14 mil quilômetros da região, tem que ser diferente da Finlândia, que divide com a Rússia uma fronteira de 1.300 quilômetros.

    Embora o Brasil tenha votado para condenar a invasão russa nas Nações Unidas em março, Lula sempre foi ambivalente sobre o conflito, ao mesmo tempo em que tenta colocar o país como um possível mediador ao conflito. Recentemente, ele sugeriu que a Ucrânia deveria considerar abrir mão da Crimeia para concretizar um acordo de paz e, em uma coletiva de imprensa no sábado 15, disse que os Estados Unidos e a Europa prolongam e encorajam a guerra na Ucrânia.

    No Brasil, a abordagem da guerra na Ucrânia é vista como parte de uma longa tradição de neutralidade da política externa. Em um mundo altamente polarizado e muito diferente do que era nos dois primeiros mandatos de Lula, contudo, ser imparcial tem um preço cada vez mais alto.

    Relação com a Finlândia

    Esta é a primeira visita de chefe de Estado finlandês ao Brasil desde 2016, quando o próprio Niinistö veio ao país para a abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

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    Em reunião bilateral, os dois líderes discutiram o adensamento das relações bilaterais em áreas como ciência, tecnologia e inovação, incluindo temas cibernéticos, defesa, meio ambiente, e promoção comercial e de investimentos.

    Lula e Niinistö assinaram o Acordo sobre Serviços Aéreos entre o Brasil e a Finlândia, que estabelece marco jurídico moderno para promover maior conectividade entre os dois países por meio do transporte de passageiros e de carga.

    Além de Brasília, o presidente finlandês manterá agendas em São Paulo na sexta-feira, 2, com foco na cooperação econômica.

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