A lava expelida pelo vulcão da ilha espanhola de La Palma que entrou em erupção há 11 dias chegou ao mar na madrugada desta quarta-feira, 29, gerando gases potencialmente tóxicos. Imagens transmitidas pela televisão local mostram grandes colunas de vapor saindo da água na costa oeste desta ilha do arquipélago das Canárias.
A lava expelida pelo vulcão Cumbre Vieja tem temperatura de mais de 1.000°C. Desde a chegada ao mar, o magma vai formando um delta na região de Tazacorte, que “pouco a pouco ganha terreno” nas águas do mar, segundo explicou o Instituto Espanhol de Oceanografia.
O presidente das Ilhas Canárias, Ángel Víctor Torres, em entrevista à uma emissora de rádio local, afirmou esperar que o fluxo de lava deixe de se expandir, dado o efeito devastador que teve sobre as casas e fazendas, após a abertura de um canal que o direciona para o mar, onde continua a fluir “normalmente”.
O especialista em vulcanologia do Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha, Joan Martín, afirmou que a quantidade de gases que se desprendem da lava ao entrar em contato com a água do mar é pequena e se dispersará rapidamente, por isso, a área afetada é pequena. O perito indicou que, se a população seguir todas as orientações repassadas pelas autoridades, não haverá qualquer efeito pela emissão.
Até o momento, foi recomendado aos moradores da região de Tazacorte, pode onde a lava chegou ao mar, que se mantenham confinados em casa, com portas e janelas fechadas, para evitar a entrada de gases do exterior do imóvel.
O governo regional de La Palma também indicou aos habitantes locais que permaneçam fora da zona de exclusão nas águas marítimas e informou que não permitirá o acesso de ninguém às áreas em que a população foi retirada por causa da erupção do vulcão.
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, por sua vez, anunciou que voltará a visitar La Palma, embora não tenha indicado a data, depois que o Conselho de Ministros declarou a ilha como zona de catástrofe e aprovou uma ajuda de 10,5 milhões de euros (R$ 66,4 milhões).
(Com EFE)