Laos retira 10.000 pessoas afetadas por rompimento de represa
Número oficial de mortos chega a quatro, mas imprensa local aponta a morte de 20 pessoas; outras 127 continuam desaparecidas
O governo do Laos estima que 10.000 pessoas tiveram de ser removidas de suas casas por conta da ruptura de uma represa no sul do país, informaram hoje (27) veículos de imprensa locais. Segundo as autoridades do país, quatro pessoas morreram na tragédia e outras 127 continuam desaparecidas. Os dados extraoficiais divulgados pela mídia, porém, apontam 20 mortes.
“O número de cidades afetadas pode aumentar na medida que as águas avançam”, disse Bounhome Phommasane, o governador de Attapeu, um dos distritos afetados, ao jornal Vientiane Times. As águas barrentas já invadiram parte do Camboja, país vizinho.
Os dados do governo sobre os mortos devem aumentar na medida em que as águas abaixem e os danos causados possam ser quantificados com maior precisão.
Pelo menos 13 aldeias da província de Attapeu, no sul do país, ficaram inundadas por uma avalanche de 5 bilhões de metros cúbicos de água quando a represa de uma hidrelétrica em construção se rompeu na última segunda-feira (23). A rede de reservatórios estava nos rios Xe Pian e Xe Namnoy. Agora, as enchentes afetam 13 cidades e já se deslocaram para uma região fronteiriça do Camboja.
Essa nova hidrelétrica faz parte de um plano nacional do Laos para aproveitar a extensa rede fluvial do país e transformá-lo em uma fonte geradora de eletricidade limpa para todo o Sudeste Asiático.
O governo do Laos responsabilizou ontem a construtora da usina (uma sociedade de joint venture formada por duas companhias coreanas, uma tailandesa e outra laosiana) pela catástrofe e determinou que ela deverá assumir toda a responsabilidade pela tragédia.
(Com EFE)