A campanha de Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos e candidata democrata das eleições de novembro, anunciou nesta sexta-feira, 2, que arrecadou US$ 310 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão na cotação atual) durante o mês de julho. O montante supera, e muito, o que foi angariado pelo seu rival, o ex-presidente Donald Trump, que arrematou US$ 138,7 milhões (R$ 792 milhões) no mesmo período.
“Esta é uma conquista histórica para uma candidata que fará história em novembro. A tremenda demonstração de apoio que vimos em pouco tempo deixa claro que a coalizão Harris está mobilizada, crescendo e pronta para trabalhar para derrotar Trump em novembro”, disse a gerente da campanha democrata, Julie Chavez Rodriguez.
Com os fundos antes arrecadaos pelo presidente Joe Biden, que abandonou a corrida em 21 de julho, Harris já soma US$ 1 bilhão em doações. Segundo a equipe da candidata, foi o mais rápido que uma campanha presidencial cruzou esse patamar na história dos Estados Unidos. É uma reviravolta e tanto para o Partido Democrata, em caos interno no último mês após importantes doadores reterem o fluxo de dinheiro para pressionar Biden, 81 anos, a desistir do pleito.
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Impulso de pequenos doadores
Mais de US$ 200 milhões do valor total foram arrecadados apenas na primeira semana depois do presidente americano desistir em favor de Harris. Dois terços das doações vieram de pessoas que nunca haviam contribuído com uma campanha eleitoral, e 94% eram montantes de US$ 200 ou menos. Ou seja, as doações foram impulsionadas por pequenos apoiadores.
Ao final de julho, Harris tinha US$ 377 milhões em dinheiro disponível, US$ 50 milhões a mais que os US$ 327 milhões da campanha de Trump, acrescentou a equipe. Ainda assim, os fundos conquistados pelo republicano foram 24% maiores do que os US$ 111,8 milhões registrados no mês anterior, um possível efeito da sua tentativa de assassinato em um comício em Butler, na Pensilvânia, em 13 de julho.
Apesar de ter ganhado espaço nas doações, Harris aparece tecnicamente empatada com Trump nas intenções de voto, mostrou uma pesquisa da agência de notícia Reuters com o instituto Ipsos. Se as eleições fossem hoje, ela conquistaria o apoio de 43% dos eleitores, contra 42% do ex-presidente. A sondagem tem margem de erro de 3,5 pontos percentuais.