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Justiça da Venezuela abre investigação contra Guaidó por apagão no país

Blecaute no país já dura seis dias; governo afirma que apagão foi causado por sabotagem organizada pela oposição

Por Da Redação
Atualizado em 12 mar 2019, 16h17 - Publicado em 12 mar 2019, 13h33

O procurador-geral da Venezuela, Tareq Saab, informou nesta terça-feira, 12, que abriu uma investigação contra o autoproclamado presidente do país, Juan Guaidó, pela responsabilidade na crise elétrica que afeta o país desde quinta-feira da semana passada.

“O Ministério Público iniciou uma nova investigação contra o cidadão Juan Gerardo Guaidó Márquez por seu suposto envolvimento na sabotagem realizada contra o Sistema Elétrico Nacional (SEN)”, disse Saab no Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela em Caracas.

O procurador, que se define como chavista, disse que o líder da oposição, reconhecido por mais de cinquenta países como presidente interino da Venezuela, emitiu uma série de mensagens “exaltando a violência” no meio desta “situação lamentável”.

“Neste momento, ele aparece como um dos autores intelectuais dessa sabotagem elétrica e desse chamado praticamente a uma guerra civil em meio a esse apagão”, acrescentou.

O procurador disse ainda que esta investigação será adicionada a outra que foi aberta contra a oposição por “usurpação” das funções do presidente, quando Gaidó se autoproclamou presidente em 23 de janeiro invocando a Constituição.

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“Isso não é casual, se soma a uma escalada de eventos violentos a partir da autoproclamação. A sabotagem elétrica é parte de uma escalada cada vez mais desesperada para derrubar um governo legitimamente constituído”, disse Saab.

Ele também lembrou que Guaidó desrespeitou a proibição de deixar o país, ditada pelo mais alto tribunal de Justiça, quando entrou furtivamente na Colômbia para comandar uma operação fracassada de entrega de ajuda humanitária.

Maduro atribuiu o apagão a um “ataque cibernético” contra a Usina Hidrelétrica de Guri (Bolívar, ao sul) pelos Estados Unidos e pela oposição, que, por sua vez, atribuiu a crise ao “negligência e corrupção” do governo.

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A emergência, o pior corte de eletricidade que já afetou este país de 30 milhões de habitantes, mantém o serviço intermitente em vários setores, embora existam áreas do interior sem eletricidade desde a última quinta-feira.

(Com EFE e AFP)

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