O ex-policial Derek Chauvin, acusado pelo assassinato de George Floyd, teve sua imputação aumentada para homicídio em segundo grau (assassinato intencional não premeditado, quando o autor tem intenção de causar danos corporais à vítima) pelo promotor-geral de Minnesota, Keith Ellison, nesta quarta-feira, 3.
Os três outros policiais que também participaram da ação que levou à morte de Floyd serão detidos e receberam acusações de ajudar e favorecer homicídio em segundo grau, segundo o advogado da família da vítima, Benjamin Crump.
Chauvin tinha sido preso e acusado de homicídio culposo (sem intenção de matar). A família de Floyd afirmava que a acusação não era suficiente e pedia que fosse ampliada para homicídio em primeiro grau (com a intenção de matar) e que os colegas de Chauvin também fossem acusados.
Vídeos da ação policial mostram Chauvin com os joelhos sobre o pescoço de Floyd, que é negro, por vários minutos. A vítima, imobilizada de cabeça para baixo, reclamava de não conseguir respirar. Os outros três agentes estavam ao seu redor, observando a ação e contendo as pessoas que tentam alertar sobre o estado de saúde de Floyd.
Os quatro policiais envolvidos na ação foram demitidos do Departamento de Polícia de Minneapolis. Floyd foi abordado pelos agentes sob acusação de usar uma nota falsa. Ele estava desarmado.
A autópsia inicial, apresentada pela cidade de Minneapolis, afirmava que não havia “nenhum achado físico que suporte o diagnóstico de asfixia traumática ou estrangulamento”. Porém, dois novos laudos de autópsias independentes declararam que a morte de Floyd foi um homicídio causado por asfixia.
O vídeo rapidamente ganhou as redes sociais e chocou o país. Manifestações contra o racismo e a violência tomaram quase todos estados dos Estados Unidos. Diversas cidades chegaram a decretar toque de recolher e acionaram a Guarda Nacional para tentar conter os distúrbios, e mais de 9.000 pessoas foram detidas.