Delatado por 8 mulheres no ano passado, o célebre jornalista americano Charlie Rose, de 75 anos, foi acusado de de assédio sexual por mais 27 mulheres, informou o jornal The Washington Post.
Como consequência das primeiras denúncias, Rose já havia sido demitido da emissora CBS News, onde apresentava o programa CBS This Morning e e era correspondente contribuinte para o 60 Minutes. A emissora pública PBS também interrompeu a distribuição de seu programa de entrevistas Charlie Rose.
Entre as mulheres que fizeram as novas acusações estão 14 funcionárias da emissora CBS News e outras 13 que trabalharam com o jornalista em outros locais.
Segundo o Post, o comportamento inadequado de Rose já havia sido reportado para a chefia da CBS por pelo menos duas vezes – em 1986 e em abril de 2017.
Uma das novas denúncias se refere a um caso de 1976, quando o jornalista expôs seu pênis e tocou os seios de uma assistente no escritório da NBC News Washington, onde eles trabalhavam. “Esta outra personalidade aparecia, e ele começava a nos agarrar”, contou Joana Matthias, agora com 63 anos, ao jornal.
Sophie Gayter, 27, trabalhou com Rose no programa 60 Minutes e revelou que ele tocou suas nádegas sem sua permissão durante o trabalho.
A CBS News, que disse não ter registrado nenhuma reclamação em seu setor de Recursos Humanos sobre Rose, emitiu um comunicado na quarta-feira dizendo que não pode confirmar as denúncias e que trabalha para “garantir um ambiente seguro, onde todos possam fazer seu trabalho da melhor forma”.
Ao Post, Rose enviou um e-mail de resposta sobre as acusações com uma única frase: “Sua reportagem é injusta e imprecisa”.
No ano passado, o jornal já havia revelado que oito funcionárias do programa Charlie Rose, da PBS, denunciaram os assédios do jornalista. Elas alegaram que os avanços indesejados incluíam telefonemas obscenos, assédios e ele caminhando nu na frente delas. Todas tinham entre 20 e 30 anos quando os assédios supostamente ocorreram, entre a década de 90 e 2011.