O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse nesta sexta-feira, 29, que seria melhor que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não se envolvesse na eleição britânica quando visitar Londres para a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na próxima semana. “O que tradicionalmente não fazemos, como queridos aliados e amigos, é se envolver nas campanhas eleitorais um do outro”, disse Johnson, cujo Partido Conservador lidera nas pesquisas de opinião antes da eleição geral de 12 de dezembro.
As principais pesquisas apontam que os conservadores de Johnson deverão conquistar por volta de 359 assentos no Parlamento, o que daria ao partido uma confortável maioria. Analistas preveem que uma vitória conservadora dará a Johnson maiores chances de aprovar seu plano de Brexit – como é conhecido o processo para retirar o Reino Unido da União Europeia – no Parlamento britânico até o fim de janeiro.
O presidente Jair Bolsonaro passou por situação semelhante há cerca de um mês. No dia 29 de outubro, Bolsonaro declarou em entrevista apoiar o então candidato à presidência do Uruguai Luis Lacalle Pou. O uruguaio rejeitou o apoio dois dias depois, afirmando que a interferência de líderes estrangeiros em outros países “não é algo bom”.
(Com Estadão Conteúdo)