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Itamaraty condena bombardeios israelenses no Líbano após morte de brasileiro

Ali Kamal Abdallah, de 15 anos de idade, e seu pai perderam a vida devido a um ataque aéreo no Vale do Bekaa. Ele era natural de Foz do Iguaçu

Por Da Redação Atualizado em 26 set 2024, 18h48 - Publicado em 26 set 2024, 11h39
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  • O Itamaraty condenou “nos mais fortes termos”, nesta quinta-feira, 26, os ataques aéreos israelenses contra zonas civis do Líbano, após a morte de um adolescente brasileiro e de seu pai, que não tinha nacionalidade brasileira, devido a um bombardeio ao Vale do Bekaa, no sudeste do país.

    O governo brasileiro afirmou ainda que a embaixada em Beirute está prestando assistência aos familiares de Ali Kamal Abdallah, de 15 anos.

    O menino e seu pai, Haj Kamal Abdallah, que era paraguaio, foram atingidos por um foguete na cidade de Kelya. Os dois e o irmão de Ali (filho de Haj), Mohamed, estavam trabalhando no comércio da família quando foram atingidos. A família havia se mudado para o Líbano há poucos meses, após terem de fechar o estabelecimento que a família mantinha em Foz do Iguaçu, no Paraná.

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    Outros familiares que estão no Brasil, inclusive a mãe dos jovens, Noha Abdallah, esperam o retorno do filho que sobreviveu ao bombardeio. Ele deve chegar de volta ao país na noite desta quinta-feira.

    Leia a nota completa:

    O governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, da morte, no Vale do Bekaa, Líbano, do adolescente brasileiro Ali Kamal Abdallah, de 15 anos de idade, natural de Foz do Iguaçu. O menor e seu pai, de nacionalidade paraguaia, foram atingidos por explosão como resultado dos intensos bombardeios aéreos israelenses na região, na segunda-feira. A Embaixada do Brasil em Beirute está prestando assistência aos familiares do menor. O pai do adolescente também faleceu como resultado da explosão.

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    Ao solidarizar-se com a família, o Governo brasileiro reitera sua condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis densamente povoadas no Líbano e renova seu apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades.

    Perigo de uma guerra total

    Israel lançou os ataques aéreos mais intensos ​​contra o Líbano desde a guerra de 2006, contra o Hezbollah, na semana passada, matando mais de 600 pessoas. Foi o estopim de meses de trocas de disparos, desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro do ano passado, quando a milícia libanesa iniciou ataques em solidariedade ao povo palestino.

    Desde a semana passada, Hezbollah disparou centenas de mísseis contra alvos israelenses, incluindo, pela primeira vez, Tel Aviv. O sistema de defesa aérea de Israel, porém, interceptou a maioria dos dispositivos.

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